quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Segundo maior defende Comissão Multipartidária de Transição na Guiné-Bissau



O Partido da Renovação Social (PRS), segundo maior partido na Guiné-Bissau, e a coligação Aliança Democrática (AD) defenderam hoje que, a ser criada, a Comissão Multipartidária Social de Transição não pode substituir o parlamento.
Tanto o PRS como a AD entendem que a Comissão Multipartidária e Social de Transição (CMST) - órgão cuja eventual criação tem suscitado reações contraditórias no país - poderia ajudar o processo de transição iniciado com o golpe de Estado de abril passado.
O PRS (28 deputados no parlamento) e a AD (2) esclarecem que, para uma maior dinâmica ao diálogo que se pretende no país e sem um quadro estritamente partidário, seria vantajoso para o processo de transição a criação da CMST, que juntasse partidos com e sem representação parlamentar, sindicatos, igrejas e organizações da sociedade civil.
Os dois grupos partidários lembram que ambos defendem a legalidade dos órgãos de soberania, pelo que em nenhum momento poderiam admitir a usurpação das competências constitucionais do parlamento a favor da CMST ou de qualquer outro espaço político.
O PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), principal força na Assembleia, diz que é contra a criação desse órgão alegando que viria apenas acabar com o parlamento.
Algumas organizações da sociedade civil, entre as quais a Liga Guineense dos Direitos Humanos, também criticaram a criação desse órgão, notando que seria como se fosse um segundo golpe de Estado contra a Constituição guineense.

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