Embora não aceite, nem concorde, com qualquer tipo de tratamento displicente, para com ninguém, o Grupo declara a sua tolerância em relação a qualquer pessoa que, perante um acto concreto reprovável, cometido por um indivíduo de Etnia Balanta, censure este, individualmente, como responsável pelo acto.
Mas,
também, declara, com toda a veemência, que não tolera qualquer
tipo de generalização de actos individuais, com intenção de
atingir, negativamente, toda a Etnia Balanta, no seu conjunto, a
qual, como é sabido, se rege, segundo a Tradição, por princípios
de respeitável dignidade e nobreza.
Assim
como respeitamos os outros e o seu Grupo Étnico, assim, também,
queremos que os outros nos respeitem a nós, quer individualmente,
quer enquanto Grupo Étnico, porque essa é a postura social que
permite que a Paz reine, na sociedade Guineense, e em todo o País,
como um bem precioso, essencial ao Desenvolvimento saudável da
Guiné-Bissau.
Exigir
a reposição da Verdade, sempre que, por erro de um individuo, se
verifique um facto público, que configure a imputação genérica
de um acto individual como se fosse um erro do conjunto do Grupo
Étnico.
A
necessidade de repor a verdade deriva do facto de que o nosso País
é composto por vários Grupos Étnicos, que merecem respeito por
igual.
Se
os Balantas não têm por hábito apontar o dedo acusador contra
nenhuma Etnia, por erro cometido por qualquer indivíduo dessa mesma
Etnia, é justo esperar que os indivíduos de outros Grupos Étnicos
não apontem, também, o dedo, genericamente, contra a Etnia, mas
apenas contra o indivíduo, que tenha praticado o acto censurável,
seja ele Balanta ou de outro Grupo Étnico.
Todo
o País sabe, e o Mundo também, que, por exigência da sua cultura
tradicional, os Balantas nunca acusam, nem atacam ninguém, com
leviandade, pois isso é visto como sinal de fraqueza detestável,
uma desonra e uma infâmia que deve ficar com quem o pratique.
O
nosso País deve funcionar, à base da legalidade e sentido ético,
no respeito dos Valores fundamentais e dos bons Princípios sociais.
Para
que estes Valores e Princípios se instalem no nosso País, de modo
a influenciar, positivamente, a convivência normal dos seus
Cidadãos e destes com qualquer Estrangeiro, que se encontre no
País, o Grupo deverá provocar o Povo Guineense, interpelando-o,
para que não diga ou faça o que não deve.
O
Grupo deve incentivar o Povo Guineense, qualquer que seja a sua
Etnia, para adoptar boas práticas sociais, no relacionamento uns
com os outros, para tornar a Sociedade Guineense cada vez melhor, no
seu trato mútuo, sem ofensas de qualquer natureza, sem intenção
maldosa, porque são os bons sentimentos de Cidadania que tornam a
Sociedade melhor, abrindo o caminho para o seu Desenvolvimento
Saudável, quer do ponto de vista humano, quer económico e
político.
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