sexta-feira, 28 de junho de 2013

FMI diz que 2013 poderá ser ano de recuperação económica da Guiné-Bissau

O FMI considera que 2013 poderá ser de recuperação económica da Guiné-Bissau mas adverte que um crescimento sustentável dependerá do restabelecimento da estabilidade macroeconómica, normalização da situação política, restauração da confiança dos investidores e aceleração de reformas estruturais.

A avaliação do conselho de administração do FMI surge na sequência de relatórios de missões que estiveram este ano no país e foi divulgada na quinta-feira em Washington.

No documento, a que a Lusa teve hoje acesso, o FMI aborda as "frágeis condições económicas da Guiné-Bissau, no meio de uma situação política delicada" e o reduzido apoio de doadores, praticamente suspenso devido ao golpe de Estado de 2012.

Nele, realça-se a importância "da aprovação atempada de um orçamento prudente para 2013, assente em projeções realistas de receitas e num envelope de despesas restrito".

O FMI diz que é necessário um controlo orçamental rígido e a criação de margem de manobra no orçamento, devendo os esforços das autoridades centrar-se "no aumento da arrecadação fiscal, através do alargamento da base tributária, do reforço das administrações fiscal e aduaneira, e do fortalecimento da gestão financeira pública".

No documento, diz-se ainda que o governo deve de dar prioridade à melhoria do ambiente de negócios e das infraestruturas físicas e à facilitação de acesso a serviços financeiros.

O FMI lembra que o golpe de Estado de 12 de abril do ano passado levou a uma queda acentuada no volume de exportações de caju (o principal produto do país) e à suspensão da ajuda externa, o que fez com que a economia contraísse 1,5 por cento em 2012.

A subida de preços não afetou muito a inflação, que era de cerca de dois por cento no fim do ano passado

Para este ano o FMI espera uma recuperação do crescimento económico, embora as perspetivas globais continuem "a ser difíceis". Se as exportações de caju recuperarem (o que não deve acontecer já que neste momento as exportações estão suspensas) e o apoio internacional continuar o PIB poderá crescer este ano 3,5 por cento, preconiza o FMI.

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