A
Comunidade cabo-verdiana em Portugal está “chocada “ e “ repudia” a notícia
divulgada hoje na imprensa portuguesa, com fonte da Policia judiciária, de que
um cabo-verdiano foi o autor do rapto de Maddie McCann. Mais: exige
investigações “comprovadas e sérias”.
“A notícia enlameia todos os cabo-verdianos” e “ não é
credível”, até pela sua cultura e sofistificação do crime, que tenha sido um
imigrante cabo-verdiano”. Isto, num processo que decorreu “sob investigação de
duas corporações de polícias de estados soberanos e com forte participação
mediática”.
Num comunidado em nome da Federação da Organizações de
Cabo Verde, Congresso de Quadros cabo-verdianos na Diáspora e Associação
Caboverdeana de Lisboa, a comunidade lamenta “estar a ser bode expiatório um
cidadão que já morreu”.
Apela a toda a comunidade para “estar vigilante”, pois
esta “denúncia grave”, num processo que está a ser investigado ” também pela
polícia inglesa “, pode “estar a ser um alibi para desculpar incompetências de
investigação ou para encobrir lobies cujos desígnios são pouco claros”.
A nota subscrita pelas associações representativas dos
cabo-verdianos em Portugal afirma ainda que todos foram supreendidos pela
noticia divulgada pelo Correio da Manhá, citando fonte da Polícia Judiciária
portuguesa, de que o suspeito do mediático desaparecimento, em 2007, de
Madeleine (Maddie) McCann da Aldeia da Luz, no Algarve, é um imigrante
cabo-verdiano, entretanto falecido num acidente em 2009.
O nome de uma comunidade na lama
Os caboverdianos “ dentro e fora do país” estão a ser
“enlameados” com estas afirmações sem quaisquer provas consistentes, “ num
aproveitamento descarado” e de quem “já não pode defender-se”, insurgem-se os
representantes das associações cabo-verdianas em Portugal.
O comunicado recorda que toda a comunidade
caboverdiana sofreu idêntico ”enlameamento” quando há duas décadas, foi também
publicado em Portugal, que “um seu membro tinha assassinado uma criança em
Odivelas para lhe comer os fígados”, facto que “foi desmentido em nota de
rodapé de página interior pelo mesmo jornal que lhe tinha dado honra de
primeira página,”
Os representantes das associações cabo-verdianas em
Portugal afirmam que “sempre defenderam o normal funcionamento da Justiça” e
pugnam para que os comportamentos desviantes tenham a correspondente e adequada
punição legal. No entanto, não se conformam "com um denúncia, não
comprovada, envolvendo um imigrante que “não se pode defender de acusações que,
no caso Maddie, poderão, oportunamente, desculpabilizar e descansar algumas
consciências”. Constatam que, “mais uma vez, a história se repete: há um
cabo-verdiano suspeito (até quando?) e uma comunidade que se sente, de novo,
enlameada”.
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