domingo, 3 de novembro de 2013

Cabo-verdianos em Portugal “repudiam acusações” contra um membro da comunidade e exigem “investigação séria” .



A Comunidade cabo-verdiana em Portugal está “chocada “ e “ repudia” a notícia divulgada hoje na imprensa portuguesa, com fonte da Policia judiciária, de que um cabo-verdiano foi o autor do rapto de Maddie McCann. Mais: exige investigações “comprovadas e sérias”.

“A notícia enlameia todos os cabo-verdianos” e “ não é credível”, até pela sua cultura e sofistificação do crime, que tenha sido um imigrante cabo-verdiano”. Isto, num processo que decorreu “sob investigação de duas corporações de polícias de estados soberanos e com forte participação mediática”.

Num comunidado em nome da Federação da Organizações de Cabo Verde, Congresso de Quadros cabo-verdianos na Diáspora e Associação Caboverdeana de Lisboa, a comunidade lamenta “estar a ser bode expiatório um cidadão que já morreu”.

Apela a toda a comunidade para “estar vigilante”, pois esta “denúncia grave”, num processo que está a ser investigado ” também pela polícia inglesa “, pode “estar a ser um alibi para desculpar incompetências de investigação ou para encobrir lobies cujos desígnios são pouco claros”.

A nota subscrita pelas associações representativas dos cabo-verdianos em Portugal afirma ainda que todos foram supreendidos pela noticia divulgada pelo Correio da Manhá, citando fonte da Polícia Judiciária portuguesa, de que o suspeito do mediático desaparecimento, em 2007, de Madeleine (Maddie) McCann da Aldeia da Luz, no Algarve, é um imigrante cabo-verdiano, entretanto falecido num acidente em 2009.

O nome de uma comunidade na lama

Os caboverdianos “ dentro e fora do país” estão a ser “enlameados” com estas afirmações sem quaisquer provas consistentes, “ num aproveitamento descarado” e de quem “já não pode defender-se”, insurgem-se os representantes das associações cabo-verdianas em Portugal.

O comunicado recorda que toda a comunidade caboverdiana sofreu idêntico ”enlameamento” quando há duas décadas, foi também publicado em Portugal, que “um seu membro tinha assassinado uma criança em Odivelas para lhe comer os fígados”, facto que “foi desmentido em nota de rodapé de página interior pelo mesmo jornal que lhe tinha dado honra de primeira página,”

Os representantes das associações cabo-verdianas em Portugal afirmam que “sempre defenderam o normal funcionamento da Justiça” e pugnam para que os comportamentos desviantes tenham a correspondente e adequada punição legal. No entanto, não se conformam "com um denúncia, não comprovada, envolvendo um imigrante que “não se pode defender de acusações que, no caso Maddie, poderão, oportunamente, desculpabilizar e descansar algumas consciências”. Constatam que, “mais uma vez, a história se repete: há um cabo-verdiano suspeito (até quando?) e uma comunidade que se sente, de novo, enlameada”.

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