Alberto Nambeia, presidente do
Partido da Renovação Social (PRS), chefiou a delegação que se deslocou à sede
do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), onde os
dois líderes estiveram reunidos durante cerca de 45 minutos.
Em declarações aos jornalistas,
ambos sublinharam que um entendimento entre os dois partidos poderia ajudar a
sensibilizar as outras forças políticas e também a "pacificar os
espíritos" no país.
Para Alberto Nambeia, entre o PRS e
o PAIGC não se pode falar de adversários, mas de partidos que querem
desenvolver a Guiné-Bissau.
O líder do PRS quer que haja um
Pacto de Regime a partir do qual a governação do país poderá ser partilhada
entre os partidos.
"No nosso entender, a tentativa
de assumir o poder sozinho é o que tem trazido os problemas que conhecemos
neste país. Para nós, a vitória eleitoral não é o mais importante, mas sim
criar mecanismos para estabilizar a governação ", observou Nambeia.
O novo líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, por sua vez, vê na iniciativa de Alberto Nambeia "um gesto
de grande sentido de Estado", a qual prometeu institucionalizar no futuro.
"Valorizamos isso porque
abre-nos uma perspetiva de colaboração interpartidária que eu penso que não só
vai ao encontro dos nossos objetivos, mas também contribui para a pacificação
do país, um ambiente necessário para a ida às urnas", declarou.
Sobre o facto de o Presidente de
transição, Serifo Nhamadjo, ter marcado por decreto presidencial, sem recurso
ao parlamento, a data limite da entrega das candidaturas no Supremo Tribunal de
Justiça para 05 de março, os dois dirigentes partidários teceram comentários
distintos.
O líder do PRS disse que primeiro
vai consultar as instâncias jurídicas do seu partido para tomar uma posição,
enquanto o presidente do PAIGC afirmou respeitar a decisão de Serifo Nhamadjo
dado que foi tomada no quadro de consenso com os atores políticos.
//Lusa
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