
De acordo com uma fonte próxima a Serifo Nhamajo, ele “vai
certamente concorrer como um candidato independente” depois de “falhadas quase
todas as tentativas” de aproximação dentro de diferentes alas do PAIGC.
Ainda de acordo com uma outra
fonte, a “ambição” presidencial de Serifo Nhamajo estava muito “dependente dos
resultados do congresso do PAIGC,” mas a vitória de Domingos Simões Pereira
parece ter complicado o cenário anterior.
Braima Camará, cuja vitória no VIII Congresso do PAIGC podia
significar um apoio a Nhamajo, não se concretizou. E logo depois avançou-se com
uma aproximação a Satú Camará, uma das actuais vice-presidentes do PAIGC, dos
três que recentemente foram eleitos no congresso de Cacheu.
Mas, tudo aponta que a ala de Satú Camará aposta numa outra
candidatura, a de Martinho N’Dafa Kabi que já foi primeiro-ministro em
2007-2008. Pelo menos foi esta a posição manifestada numa reunião recente entre
as equipas de Satú Camará e de Serifo Nhamajo. Satú Camará é, até aqui, a
actual chefe da Casa Civil da Presidência da República e continua ser uma voz
dominante após o golpe de estado de 12 de Abril.
No entanto, exploradas todas as opções, Manuel Serifo Nhamajo
decide agora avançar como um candidato independente. Todavia, a grande
incognita está à volta do significado jurídico do Acordo de Transição Política
que impedia a maior parte dos seus subscritores, incluindo o Presidente da
República, a serem candidatos nestas próximas eleições.
E quanto ao PAIGC, ainda não se sabe se este maior partido do
país terá um candidato próprio ou não. Em Bissau, há muitas especulações sobre
os possíveis candidatos. E esta tarefa foi agora dificultada com uma decisão do
Tribunal Regional de Bissau que notificou o partido sobre uma providência
cautelar da suspensão da deliberação do VIII Congresso Ordinário. Trata-se da
parte referente à eleição dos membros do Comité Central, do Bureau Político e
do Conselho Nacional de Jurisdição por “violação dos Estatutos do Partido e do
Regulamento Eleitoral no que concerne ao procedimento e as quotas de composição
dos referidos órgãos”.
Assim, nos termos da lei, o PAIGC “fica impedido de
executar a deliberação em causa” até que o Tribunal venha a decidir a
providência cautelar. Esta mesma providência cautelar não abrange a eleição do
Presidente do Partido nem dos respectivos Vice-Presidentes.
Em termos dos estatutos do PAIGC, qualquer candidato
presidencial seria escolhido pelo seu Comité Central, mas ainda não se sabe
quando o Tribunal Regional de Bissau tornará pública a sua decisão final.
//gbissau.com
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