quarta-feira, 26 de março de 2014

Opinião: … não estou minimamente interessado em promover mais animosidades contra a minha pessoa …


Para as eleições presidenciais e legislativas, na Guiné-Bissau, agendadas para 13 de Abril, não estou minimamente interessado em promover mais animosidades contra a minha pessoa e para com a minha forma de pensar, ainda que tenha, como todos, esse direito!
Garantidamente, não me pronunciarei sobre nenhuma candidatura, quer em relação às presidenciais, quer em relação às legislativas.
Porém, gostaria de dar o meu contributo nesta fase, questionando o seguinte:

1 - Foi a Lei Eleitoral Nº 3/98 (Lei Eleitoral para Presidente da República e Assembleia Nacional Popular) alterada, por uma revisão consensual promovida pela Assembleia Nacional Popular, para que do seu Artigo 8º, nº2 "Os guineenses residentes no estrangeiro têm capacidade eleitoral activa nas eleições legislativas", fosse viabilizada a votação, igualmente, nas presidenciais?
É que (pode ser falta de informação da minha parte) não tive conhecimento da publicação/divulgação oficial, por quem de direito de tão importante alteração à Lei Eleitoral Nº 3/98.

Poderão muitos dizer que, se houve recenseamento na diáspora, é porque se pode votar quer nas presidenciais, quer nas legislativas; mas será que havendo alteração da Lei, ela não deve/devia ser comunicada/partilhada/oficializada, a bem do interesse comum?!

É que, a Lei Nº 3/98, sem alteração que permita que os guineenses residentes no estrangeiro votem quer nas presidenciais, quer nas legislativas, apenas dá direito de voto aos guineenses residentes no estrangeiro, nas eleições legislativas, ou seja, não podem votar nas presidenciais!

Posto isto, agradeço que a Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, que é a única entidade competente para alterar esta Lei, esclareça publicamente o eleitorado guineense sobre o assunto.

2 - Tendo em conta que o país já está em campanha eleitoral e por ter sido divulgado há dias, um estudo, sobre a participação das mulheres guineenses na política e sobre a igualdade do gênero, gostaria de solicitar aos partidos políticos, a divulgação das listas dos seus candidatos a deputados, afim de todos ficarmos a saber se de facto, os partidos políticos têm de facto interesse em promover a participação das mulheres guineenses na vida política... Podemos conhecer as listas dos candidatos a deputados dos partidos concorrentes às próximas eleições legislativas?

3 - Também se fala muito na valorização, promoção/abertura de oportunidades aos jovens. Na mesma linha que solicitei a lista dos candidatos a deputados pelos partidos políticos, gostaria que essa lista detalhasse a idade dos candidatos, o gênero bem como, a formação/profissão dos mesmos.
A meu ver, talvez na posse destes e outros indicadores consequentes, comecemos a perceber melhor, porque é que todos dizem e bem, que não temos deputados à altura do cargo e da responsabilidade que lhes assiste, mas também, porque é que os jovens, maiores de 21 anos de idade (requisito para serem elegíveis a deputados, independentemente do gênero) ficam de fora...! Didinho


Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.
 

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