A campanha para as eleições gerais de Domingo, 13 de
Abril, na Guiné-Bissau é retomada na terça-feira e com várias alterações na
agenda, depois de três dias de luto pela morte do antigo presidente Kumba Ialá,
disseram fontes de várias candidaturas à Lusa.
Uma fonte do candidato independente Nuno Nabian, que
era apoiado directamente por Kumba Ialá, disse à Lusa que a coordenação da
candidatura tem estado em reuniões para o realinhamento da estratégia de
campanha.
"Vamos reajustar o programa do resto da
semana", disse à agência Lusa fonte de uma candidatura presidencial, de
olhos postos no calendário ao falar sobre a recta final da campanha em que os
comícios e outras acções se concentram tradicionalmente na capital,
Bissau.
Charllote Alvarenga, do gabinete de comunicação e
imagem do candidato independente Paulo Gomes disse à Lusa que "na
prática" os três dias do luto nacional não alteraram em nada a programação
da campanha, mas obrigaram a mudança de planos em relação às actividades
programadas para a passada sexta-feira.
No dia da morte de Kumba Ialá, Paulo Gomes devia
estar em campanha em Bafatá, no leste, região para onde se vai deslocar na
terça-feira, contou Charllote Alvarenga.
A mesma situação verifica-se com a campanha do
Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) que devia estar
no sector de Fulacunda na sexta-feira, mas com a morte de Kumba Ialá teve que
ser alterada.
Baciro Djá, director da campanha do PAIGC disse hoje
à Lusa que "tirando alguns ajustes pontuais" os três dias do luto
nacional não afectaram as actividades do partido nem do seu candidato, José
Mário Vaz.
O Presidente de transição guineense, Serifo
Nhamadjo, apelou no sábado à contenção dos candidatos por respeito e em memória
de Kumba Ialá.
O antigo chefe de Estado morreu na sexta-feira de
ataque cardíaco, segundo anunciou a família, tendo sido suspensa a campanha
eleitoral durante os três dias de luto, que terminam nesta segunda-feira - a
par da interdição de bailes e outras manifestações sonoras em locais públicos
determinada por decreto presidencial.
Só os contactos porta a porta foram permitidos no
âmbito da campanha.
As eleições gerais (presidenciais e legislativas) na
Guiné-Bissau estão marcadas para domingo, 13 de Abril, com 13 candidatos
presidenciais e 15 partidos a concorrer à Assembleia Nacional Popular.
Os boletins de voto impressos na África do Sul
chegaram ao país na quinta-feira e na sexta começaram a ser distribuídos pelas
nove regiões do país, disse á Lusa fonte da Comissão Nacional de Eleições.
No sábado, em Bissau, foram preparadas as urnas com
os respetivos boletins, cadernos eleitorais e demais material de apoio, ficando
seladas e guardadas pelas autoridades para serem distribuídas na véspera por
cada uma das mesas de voto.
Tal como em Bissau, o mesmo trabalho de preparação
decorreu em cada uma das outras capitais regionais, acrescentou a mesma
fonte.
//Lusa /tchogue
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