O presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE)
da Guiné-Bissau, Augusto Mendes, reuniu-se nesta segunda-feira com
representantes dos agentes das assembleias do voto para lhes explicar os
mecanismos dos seus pagamentos, disse à Lusa fonte da CNE.
As duas partes não se entendem quanto aos valores
que devem ser pagos aos agentes que prestarão serviço nas assembleias de voto
para as eleições gerais (legislativas e presidenciais) de Domingo, 13 de
Abril.
A CNE pretende pagar 35 mil francos CFA por cada
presidente e secretário de assembleia de voto enquanto estes pedem 100 mil por
pessoa.
A CNE pretende pagar 25 mil francos CFA por pessoa
aos dois escrutinadores de cada mesa, mas aqueles exigem 80 mil.
Os agentes de protecção das assembleias de voto
(policias e elementos da Guarda Nacional) querem receber 50 mil francos
enquanto a CNE diz poder pagar apenas 15 mil francos CFA por pessoa.
Fonte da CNE disse à Lusa que Augusto Mendes
explicou aos representantes dos agentes que vão assegurar a votação que o
orçamento já está concebido e coberto através de fundos disponibilizados pela
Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), pelo que é
impossível muda-lo.
A mesma fonte adiantou que o presidente da CNE
explicou aos agentes de votação que "lamenta a situação" mas que de
momento não pode fazer mais nada, pelo que os valores propostos vão ser
mantidos.
Alguns elementos presentes na reunião por parte dos
agentes de votação ameaçaram não tomar parte nos trabalhos no dia das eleições
por não concordaram com os valores propostos pela CNE.
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