O Representante Especial do
Secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta endossou
hoje um sinal de apoio inequívoco aos esforços de mobilização de financiamentos
urgentes, para os próximos seis meses.
A situação económica e social do País
é extremamente grave.
Ramos Horta esteve reunido com o
Primeiro-ministro eleito, Domingos Simões Pereira, durante cerca de duas horas,
na sede do PAIGC, em Bissau.
Uma reunião de trabalho, na qual
Ramos Horta deu conta daquilo que a “ONU pode e deve fazer no sentido de apoiar
o novo Governo”, em parceria com outras organizações internacionais, como a
CEDEAO (Comunidade dos Países da Africa Ocidental).
O Representante do Secretário-geral e
o futuro Chefe do Governo guineense, concordaram na “necessidade de sintonia
entre todos os parceiros e as autoridades eleitas, no sentido de o mais
rapidamente possível”, realizarem um encontro, onde sejam definidos uma
estratégia de sensibilização e mobilização de recursos e dos mecanismos de
financiamento. Trata-se não apenas de resolver as necessidades de curto prazo
(Julho- Dezembro do corrente ano), mas igualmente iniciar “os preparativos, de
uma mesa-redonda, mais para o final do ano, para que se mobilizem os apoios
necessários, técnicos e financeiros, para 2015 e os anos seguintes”.
No encontro, foram ainda abordados
assuntos prioritários como a reforma do sector da Defesa e Segurança e da
Administração Publica, que “são centrais para o Povo guineense e como já foi
articulado pelo próprio Primeiro-eleito em várias ocasiões”, sublinhou José
Ramos-Horta.
O Nobel da Paz de 1996 aproveitou a
ocasião para felicitar o Primeiro-ministro e o Presidente da República eleitos,
pelas iniciativas que estão a levar a cabo, “no sentido de informar e envolver
os países vizinhos” e destacou o facto de o futuro Chefe de Estado, José Mário
Vaz, ter decidido visitar todas as capitais dos países da CEDEAO.
No final do encontro, José
Ramos-Horta, mostrou-se “muito satisfeito com o espírito de abertura, diálogo e
inclusão, que o Primeiro-ministro eleito tem manifestado”, com o segundo maior
partido da oposição, o PRS e o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas,
General António Indjai.
O Representante Especial do
Secretário-geral da ONU, ofereceu também ao futuro Primeiro-Ministro, Domingos
Simões Pereira, e a um dirigente histórico do PAIGC, Carlos Correia, exemplares
autografados da sua Carta Aberta aos Irmãos Guineenses, suplemento destacável
publicado na imprensa, no início de Maio e em que José Ramos-Horta congratula a
Guiné-Bissau, pelo seu regresso à Ordem Constitucional
Que Deus abençoe a Guiné-Bissau e todos os seus filhos para o amor a patria esteja no coração de todos.
ResponderEliminarMuito obrigado ao senhor Ramos Horta.