Ao virar da página da história recente da
Guiné-Bissau, vários desafios se perfilham às novas autoridades e à sociedade
guineense. Entre as mais importantes, na minha humilde opinião, distingo as seguintes:
I
- A questão candente da formação do governo
A atual situação do país requer um governo de
capacidades emergentes, competente e pragmático para poder fazer face aos
enormes desafios com que o novo executivo será confrontado num curto espaço de
tempo. Porém, pela frente terão a tarefa hercúlea de quase ter que reconstituir
um Estado, dado que, o regime cessante de transição, mercê de ações criminosas
e de autêntica rapina deixou o país completamente exangue. Na realidade, esse
grupo de meliantes e assaltantes do poder, destruíram e delapidaram de forma
irresponsável em dois anos de transição, todos os alicerces de um Estado de
Direito, assim como, os parcos recursos financeiros do Estado que
"herdaram" pela força do golpe de estado. Tais comportamentos, passam
igualmente pela alienação ilegítima e ilegal para as mãos dos grandes grupos
mafiosos chineses e russos, a maior parte dos recursos naturais do país.
Uma tarefa que se afigura de difícil configuração
para dar resposta aos enormes desafios que se apresentam. Tais reservas,
prendem-se, por um lado, com o cenário de engajamentos pessoais e de interesses
cruzados com os quais, o futuro PM da Guiné-Bissau Domingos Simões Pereira
(DSP), tem deixado perceber, estar altamente comprometido. Por outro lado, a
composição heteróclita de oportunista de todo o gabarito e de pessoas pouco
recomendáveis que compõem a sua entourage politica que lhe está caninamente
agarrada. E, quer por fim, pelos sinais de aparente "aderência" às
recomendações/diretivas do Representante do Secretario Geral das Nações Unidas
(RESG-NU), José Ramos Horta para a constituição de um "Governo de
inclusão" na Guiné-Bissau, como se tal cenário fosse o antidoto milagroso
para o pais.
Cair DSP nos dois primeiros círculos de problemas, é
comprometer seriamente toda uma projeção de esperanças em vista a um novo
equacionamento do xadrez politico de governação que se deve impor para fazer
face aos novos desafios que se apresentam à Guiné-Bissau, pois misturar
compromissos pessoais nebulosos e promover incompetências e oportunismos para a
esfera do Estado é ma receita para a voa governação. Por outro lado, quanto ao último
engulho, na verdade, um governo de inclusão não é nenhuma descoberta da pólvora
na Guiné-Bissau. O que acontece, é que, da parte daqueles que o Nobel da Paz
quer forçosamente "incluir" para alegadamente "pacificar o pais
e os espíritos", já deram mostras mais do suficiente, de que, infelizmente
os seus elementos eterno- ministeriáveis, não se premeiam, nem pela qualidade,
nem pela competência e, tão pouco estão dotadas de valências de espirito
democrático e de zelo governativo, atributos que se requerem indubitavelmente
para estes novos desafios.
Igualmente, um outro fator bloqueante para alcançar
o desiderato da "Governabilidade baseado na competência e na
qualidade", está-se também a evidenciar progressivamente no seio do
próprio partido vencedor. E que, Domingos Simões Pereira (DSP) já está a dar
sinais mais do que suficientes de que não esta preparado para a rutura com a
liderança da "velha guarda", e muito menos ainda está, para enfrentar
a pressão da triturante dessa velha maquina partidária, geradora de interesses
maliciosos e de intrigas abjetas, em particular, as que virão inevitavelmente
dos barões do partido que, ao que parece "contribuíram" grandemente
para guindar DSP à liderança de Cacheu. Essas nocivas "moscas da
pastelaria" , apesar de ultrapassados no espaço e no tempo e sem mais nada
a acrescentar em beneficio do pais, alguns teimam, ainda em não querer largar o
poder, e é quase certo de que, reclamarão a sua quota parte, quer no Governo,
quer noutros centros de decisão... e, estando atendo ao assedio vergonhoso que
se faz ao novo líder por todo o lado, como se de uma sombra se tratassem,
decerto de que colherão os frutos do seu trabalho..., para o mal do pais infelizmente...
II
- Que coabitação entre o Presidente da Republica e o Primeiro-ministro recéns eleitos?
O facto desses dois campões do último escrutínio
democrático serem oriundos do mesmo campo politico não é sinonimo de nenhuma
garantia de coabitação pacifica e construtiva entre a Presidência e a
Primatura, isto se atendermos a experiencia de um passado recente entre o
falecido presidente Malam Bacai Sanha e o Primeiro-ministro Carlos Gomes
Júnior, este então, igualmente Presidente do PAIGC.
As permanentes querelas politica e jogos de
interesses que gravitam no seio desse partido não auguram em nada uma
convivência pacífica e construtiva entre os dois. O posicionamento dos dois
campos da entourage das duas figuras é notório, o que deixa sinais claros de que,
uma luta fratricida pelo controlo do poder entre a Presidência e a Primatura já
estão lançados e,... muito cedo. Alias, aquando da campanha eleitoral finda,
divergências de posicionamento do staff de campanha de DSP em relação ao de
JOMAV foram mais do que evidentes. Constava-se de que, um deles, diga-se de
passagem, DSP, não jogava de todo um jogo limpo com o candidato escolhido pelas
instâncias do Partido para as presidenciais. E, sabendo-se de antemão, que DSP,
apoiara e perdera um outro candidato do partido a esse cargo tão disputado, o mal-estar
não podia deixar de ser latente.
Essas divergências foram tao flagrantes, que se
chegou ao ponto de DSP se sentir "obrigado" a explicar-se perante os
órgãos do partido sobre o seu posicionamento, considerado por uma franja de
dirigentes, um tanto ou quanto ambíguo, principalmente, sem reação à associação
pública da sua figura a um candidato independente fora dos girões do partido.
Verdade, é que, DSP nunca se dignou reagir de forma a pôr cobro a tal ambiguidade.
Porém, para o mal dos seus pecados, esse "seu" candidato
aparentemente preferido para a desejada projetada "coabitação
perfeita" tão desejada subregionalmente, não conseguiu fazer valer-se
suficientemente para conseguir apurar-se para a segunda volta das
presidenciais, pois o Povo escolheu JOMAV.
Longe de sermos ingénuos, todos nos sabemos, que
essas "afrontas" pagam-se caro na política e, mais caro ainda se
pagam na Guiné-Bissau, onde os políticos, infelizmente não primam pela cultura
do perdão e da reconciliação. Assim, se ações de convergência no sentido de
quebrar essas desconfianças não forem atempada e terapeuticamente desencadeadas
de parte à parte, corremos o risco de viver um novo clima político de
"incompreensões" e de bota a baixo entre os dois campos, cenário
negativo, com a qual, só o pais ficaria a perder.
III
- Haverá Reforma do sector da Defesa e da Segurança?
Outro desafio com a qual se confrontará, é a Reforma
do Sector da Defesa e da Segurança (RDS). Estes dois sectores que estão na base
de todas as inúmeras perturbações e instabilidades político constitucionais que
a Guiné-Bissau tem conhecido nos últimos trinta e quatro anos, com ponto de
partida, foi o golpe de estado de novembro de 1980 e o ponto de viragem da
assunção do poder política pelos militares, com a guerra civil de junho de
1998. Desta data a esta parte, todos os esforços para regenerar o poder
militar, convencendo-o a afastar-se de imiscuir-se em questões políticas foram
sistematicamente interrompidas. Pelo contrário, cada vez torna-se mais evidente
a identificação e a cumplicidade e conluio entre sectores políticos
determinados com as chefias militares, as quais se tornaram cada vez mais
politicamente interventivas, intervindo frequentemente como forças de
reequilíbrio extra democráticas, cujo pendulo de intervenção tendem
invariavelmente para o substrato étnico tribal das suas afinidades.
Apesar dos aparentes progressos políticos, sinais
preocupantes continuam a ser dados pelas chefias militares em funções,
particularmente António Injai (AI), figura ao que parece, não se sente
minimamente abrangido pela imperativa reforma que se tem que fazer no seio das
forças armadas guineenses. Este general golpista cronicamente reincidente em
atos de instabilidade constitucional, intimamente associado a vários
assassinatos, trafico de droga e de armas, considera-se na plenitude da sua
impunidade, ser ainda "pivot" determinante dos dados poder na
Guiné-Bissau, quer elas sejam ditadas pelas urnas ou não.
Na verdade, nada foi feito até ao momento que faça o
general sentir-se noutro papel, que não o de "fazedor de reis".
Nenhum indício foi dado ainda de que ele será afastado da chefia das forças
armadas, sabendo-se de antemão com ele a frente das FA nem mil eleições
tirariam o país das garras da sua prepotência ditatorial e tribal. Ao que
parece AI esta convencidíssima de que continuara a ditar as suas leis, quer no
quadro das FA, quer no quadro das decisões politica. Na realidade, se nos
atelharmos aos factos que nos é dado a constatar, AI não poderia pensar de
outra forma, porquanto, mesmo as Autoridades norte-americanas que o consideram
um narcotraficante e contrabandista internacional de armas de guerra, alvo de
um mandato de detenção internacional, lhe dão o prazer e o desaforro, de assim
pensar, pois com ele se sentam e negoceiam em todos os encontros oficiais com
as atuais autoridades de transição. Porém, dos ianques tudo é de esperar, pois
a moralidade americana, só tem sentido quando arrima com os seus interesses,
sejam esses morais ou imorais...pouco importa.
Contudo, para o mal dos seus pecados, se a
Guiné-Bissau não for expurgada de uma vez por todas toda essa escumalha de
criminosos em uniformes. Se as FA e as FD não forem reformadas estruturalmente,
quer em número de efetivos quer na sua qualidades (atraindo novas valências e
competências), promover a multiculturalidade e o equilíbrio étnico e social dos
novos mancebos...vai uma eternidade, o país continua nas trevas e a mercê da
ditadura de uma horda minoritária em armas.
IV
- A Aminista passara?
Este expediente de exceção, tem sido a técnica
recorrente utilizado pelos militares e políticos golpistas guineenses para se
furtarem à justiça acobertando-se de um subterfúgio legal alcançados através do
terror e de ameaças para assim perpetuarem o seu circulo vicioso de vivência
criminosa e de impunidade reinante. Este expediente foi "exigido" e
obtido num contexto politico militar recém emergente das sequelas de uma guerra
brutal e impiedosa para, alegadamente permitir "acalmar e reconciliar os
espíritos" e "evitar outros derramamentos de sangue".
Isso aconteceu, logo apos a guerra de 7 de junho.
Obtido esse sésamo, nunca mais pararam de o reclamar a cada ato irresponsável
de golpe de estado ou perturbação político constitucional. Assim foi sendo
usado a medida que as suas barbaridades foram sendo cometidas, ora para
branquear assassinatos cujos autores estão claramente identificados
(assassinatos Ansumane Mané, Veríssimo Correia Seabra, Nino Vieira e Tagme Na
Waye e outros...Hoje,esse mesmo artificio criminoso esta sendo exigido/coagido
para legitimar o golpe de estado de 12 de abril, para com isso e, por
arrastamento branquearem também, as mortes de Hélder Proença, Baciro Dabo,
Samba Djalo, Roberto Cacheu, os Jovens Felupes, os Jovens de Bolama e tantos
outros casos e crimes que barbaramente foram cometidos, pelos mesmos atores em
nome de uma causa abjetamente defendido por um grupo de indivíduos que não quer
sair das trevas da complexidade humana para enfrentar o mundo da competência e
do trabalho.
Um pormenor ressalta à vista, e por essa razão,
torna-se imperioso equaciona-lo em todo o melodrama e tensões que rodeiam o
jogo de pressões para obtenção das amnistias junto aos órgãos do poder
legislativo. São sempre os culpados e os beneficiários das ações criminosas ou
subversivas que advogam, requerendo ou exigindo com novas ameaças de guerra
mortes ou radicalização a obtenção da amnistia. So quem teme a justiça é que
exige a amnistia e também so quem beneficia do ato que se quer amnistiado, é
que advoga e luta pela sua obtenção. E assim, de fácil constatação de que, é
sempre o mesmo grupo politico (de passagem grande partido politico) com
reconhecidas afinidades com a cúpula militar golpista, associados aos seus
satélites de delinquência politica, que se aprestam recorrentemente a serem os
porta estandartes desse maquiavélico expediente politico que utilizam como
instrumento de caucionamento de atos criminosos, para branquearem as ações
antidemocráticas levadas a cabo pelo seu braço militar que tomou de refém as FA
guineenses.
Hoje, mais uma vez, apesar de vários recuos dos seus
promotores, essa ação criminosa esta a ser montada de todas as suas peças para
ser apresentado aos olhos do Povo da Guiné-Bissau como, "mal
necessário" à "reconciliação" e ao "perdão entre os
guineenses". Muitas diligências, algumas encapotadas de certas figuras de
relevo internacional sediadas em Bissau, uma certa eminência da igreja católica
com conotações conhecidas com a franja golpista, alguns chefes de estado
sub-regional, estão a vender sorrateiramente a ideia, de que, essa via é a
"única para conciliarem os guineenses", para os "aproximar no
perdão"...mas nada de mais falso como Judas.
Ceder a pressão de conceder, mais uma vez a amnistia
aos criminosos militares e políticos que estiveram na origem dos últimos
acontecimentos de subversão politico militar e de toda a onda de consequências
nefastas que o acompanharam, é ceder ao medo, é ceder à chantagem, é auto
oprimirmo-nos, é abdicar dos nossos direitos à democracia e à liberdade, é
submetermo-nos à barbárie, é vergarmo-nos ao peso da impunidade, é
subjugarmo-nos à lei das armas, é rendermo-nos à violência, é aceitarmos a
vitoria da tribo sobre uma sociedade de homens livres e iguais. Todos os
responsáveis dos atos criminosos ocorridos na Guiné-Bissau, devem ser, sem
exceção traduzidos perante a justiça nacional, se necessário à justiça
internacional. Todos eles devem ser julgados pelos crimes praticados contra o
Povo da Guiné-Bissau, contra o património do Estado, contra os recursos naturais
do país. Só assumindo corajosamente esse legado da justiça, nos sentiremos
definitivamente livres das amarras da opressão de um grupo de energúmenos
contra toda uma sociedade, só assim se porá fim o ciclo de violência gratuita,
de mortes impunes e de irresponsabilidades que morrem solteiras. Só assim,
expurgaremos os demónios que povoam os nossos sonhos e agrilhoam as nossas
aspirações a uma vida digna e em liberdade. Qualquer outro caminho, é pura
ilusão e, hoje os promotores dessa cabala politica, incluindo algumas
tendências das novas autoridades emergentes, poderão ser, a breve trecho, as
próximas vitimas, pois "buli ku kustuma bulbuli, ninki bentu ka tem i ta
bulbuli son".
V
- Aprovação de uma Lei Anti Golpes de Estado...porque não!
Contrariando a ideia de promover a delinquência
politica através da vulgarização do expediente das amnistias para branquear
atentados criminosos contra a democracia guineense, os novéis deputados da
nação deviam ter a coragem e a clarividência política de pensar em fazer
aprovar na ANP um quadro legal suficientemente abrangente, cuja principal
finalidade, é de, proteger o sistema democrático guineense contra quaisquer
atentados ao livre exercício democrático. Um quadro legal, tendente a cercear e
dissuadir os repetidos atropelos antidemocráticas vividos no pais, nomeadamente
golpes de estados, assassinatos políticos, levantamentos político-militares,
passando igualmente, por não reconhecer, não caucionando a constituição de
quaisquer formas ou regimes de transição ou de interinidade emergentes desses
atos antidemocráticos.
Em primeira mão, a Assembleia Nacional Popular (ANP)
deve, na legislatura que ora se inicia, fazer com que, a Guiné-Bissau ratifique
o mais rapidamente possível o Estatuto de Roma de 1998, a qual consubstanciara
a adesão do nosso pais a jurisdição do Tribunal Penal Internacional (TPI),
assim como complementarmente deve, fazer votar e aprovar um quadro legal
nacional dissuasivo aos golpes de estado e a subversão da ordem constitucional.
Tal panóplia de leis, compreenderia entre outras, os seguintes instrumentos normativos:
1)Lei que interdite o acesso ao beneficio da Lei da
amnistia, todos os requerimentos nesse sentido, tendo como atos subjacentes
ações decorrentes de golpes de estado, pratica de crimes de sangue,
assassinatos políticos, inversão da ordem constitucional, insubordinação
politico ou militar, seja ela violenta ou não e que tenham como consequência a
alteração de qualquer ordem constitucional democraticamente eleita;
2)Lei que veta o reconhecimento pelo Estado
guineense, de qualquer estatuto ou título oficial, gozo de direitos, acesso a
benefícios ou regalias, assim como, de eventuais indemnizações ou prémios, à
toda e qualquer personalidade cujas funções foram exercidas (voluntaria ou por
força maior), no quadro de um governo interino ou de transição decorrente de um
golpe de estado ou alteração da ordem constitucional, por quaisquer meios ou
circunstâncias que elas ocorram;
3)Lei-quadro que tipifique o golpe de estado como um
crime generalizado contra uma população civil e um atentado ao livre exercício
da democracia, dos direitos humanos e dos direitos cívicos dos cidadãos. Com
essa tipificação legal, permitir-se-ia que no quadro legal ordinário que, todos
os indivíduos que tenham participado em atos de alteração da ordem
constitucional, ou em ações decorrentes da sua emergência sejam traduzidas
perante a justiça. A referida lei, implicaria igualmente a confiscação de bens
adquiridos comprovadamente no exercício desses atos, assim como a sua
condenação implicaria que os indivíduos condenados no âmbito desses processos
sejam impedidos de voltar a exercer cargos públicos ou eletivos durante um
período nunca inferior a dez anos;
Dotando-se de tais instrumentos jurídicos de
dissuasão, a democracia guineense, decerto terá maiores garantias da sua
praticabilidade plena. Desta forma, os militares recorrentemente golpistas,
saberão por um lado, de que, não poderão avocar a amnistia para continuarem a
branquear os seus atos criminosos e, por outro lado, ficarão cientes e
constrangidos, pelo facto de que, caso não possam ser julgados pelas
jurisdições nacionais, estarão sempre sob a alçada mais poderosa e tentacular
da jurisdição internacional.
Numa outra vertente, igualmente os políticos, principalmente
os crónicos instigadores da sanha golpista que tem assolado a Guiné-Bissau,
saberão por seu turno de que, participando em tais atos de desestabilização,
estarão expostos à alçada da justiça, com o risco crescido de, por um lado,
perderem a favor do Estado todos os bens e o maná financeiro indevidamente
locupletado do erário publico durante a sua participação ou associação nos atos
de instabilidade democrática. Por outro lado, serão privados de fazer valer e
prevalecer-se dos direitos e regalias inerentes aos "títulos e estatutos
adquiridos", tais como ex-Presidentes, ex-PM ou ex-Ministros durante o
período de anormalidade constitucional.
Havendo estes instrumentos legais, cabe-nos ganhar a
coragem de, traduzir a justiça todos esses energúmenos travestidos de militares
e políticos que têm posto o pais de pantanas.
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