O presidente eleito da Guiné Bissau José Mário Vaz,
de etnia manjaca, afirmou hoje ter pedido ao chefe de Estado de Portugal,
Aníbal Cavaco Silva, "alguns conselhos e algumas sugestões" para o
bom funcionamento da futura presidência guineense.
"É para isso que estamos cá", para
reconquistar a confiança da comunidade internacional, perdida na sequência do
golpe de Estado de abril de 2012, sublinhou José Mário Vaz, de etnia manjaca,
que vai tomar posse na segunda-feira.
Economista formado em Portugal, o presidente eleito
da Guiné disse ter feito um estágio com Cavaco Silva, quando este dirigia o
gabinete de estudos económicos do Banco de Portugal.
"Vou continuar a contar eternamente com Cavaco
Silva, pela experiência como governante, e hoje como presidente da
República", sublinhou, no final de um encontro privado no palácio de
Belém.
Na segunda-feira, Portugal iniciou a normalização
das relações com a Guiné-Bissau, dois anos e dois meses depois do último golpe
de Estado militar, com a visita do secretário de Estado dos Negócios
Estrangeiros, Luís Campos Ferreira, a Bissau.
O governante português participou na cerimónia de
investidura da Assembleia Nacional Popular (ANP), o parlamento guineense,
primeiro órgão eleito a tomar posse no regresso à normalidade constitucional -
o Presidente José Mário Vaz, é empossado na segunda-feira.
Na quarta-feira, a Guiné-Bissau foi readmitida na
União Africana (UA), da qual estava suspensa desde 2012, na sequência do golpe
de Estado.
As eleições gerais de abril e maio deste ano
marcaram o regresso à normalidade constitucional, o que levou ao levantamento
da suspensão da UA.
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