Três ataques a colunas de viaturas, escoltadas pelo
Exército, no troço MuxúnguŠ-Save, Sofala, centro de Moçambique, fizeram quatro
feridos na segunda-feira e hoje, disseram à Lusa fontes militares e policiais.
"Na primeira coluna da segunda-feira ficaram
feridas duas pessoas, uma terceira pessoa sofreu escoriações na coluna da
tarde. Na terça-feira a coluna da tarde foi atacada e resultou num ferido
ligeiro", disse à Lusa um militar.
Três das quatro vítimas, disse, sofreram ferimentos
durante a "agitação" nos autocarros de passageiro, quando as colunas
foram paradas pelos ataques, atribuídos a homens armados da Resistência
Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição em Moçambique, que se
confronta com o exército há um ano na região.
A quarta vitima, atingida por uma bala na primeira
coluna de segunda-feira, foi levada para o hospital distrital de Vilanculo,
Inhambane (sul do país), disse a mesma fonte.
Um assessor de imprensa da Polícia em Sofala, citado
hoje pela estatal Rádio de Moçambique, confirmou os dois ataques na
segunda-feira nas regiões de Zove e Mutinguti, nas colunas da manhã e tarde, que
fizeram dois feridos, um dos quais grave mas fora de perigo de vida.
Estes foram o último confronto desde a escalada do
conflito, no início de junho, quando a Renamo suspendeu o cessar-fogo em
retaliação contra a concentração de forças governamentais na região de
Gorongosa, onde se supõe que esteja Dhlakama.
Num troço de cem quilómetros da N1, única estrada
que une o centro e o norte do país, entre Save e MúxunguŠ, na província de
Sofala, a circulação está condicionada a escoltas militares, que têm sido
atacadas quase diariamente.
As partes permanecem separadas pela exigência do
Governo do desarmamento do braço armado da Renamo, que, por sua vez, reivindica
paridade na composição das forças armadas e de segurança.
Moçambique tem previstas eleições gerais
(presidenciais, legislativas e assembleias provinciais) em 15 de outubro.
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