terça-feira, 1 de julho de 2014

Confronto de armas em Moçambique entre Dhlakama e Guebuza


Três ataques a colunas de viaturas, escoltadas pelo Exército, no troço MuxúnguŠ-Save, Sofala, centro de Moçambique, fizeram quatro feridos na segunda-feira e hoje, disseram à Lusa fontes militares e policiais.

"Na primeira coluna da segunda-feira ficaram feridas duas pessoas, uma terceira pessoa sofreu escoriações na coluna da tarde. Na terça-feira a coluna da tarde foi atacada e resultou num ferido ligeiro", disse à Lusa um militar.

Três das quatro vítimas, disse, sofreram ferimentos durante a "agitação" nos autocarros de passageiro, quando as colunas foram paradas pelos ataques, atribuídos a homens armados da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição em Moçambique, que se confronta com o exército há um ano na região.

A quarta vitima, atingida por uma bala na primeira coluna de segunda-feira, foi levada para o hospital distrital de Vilanculo, Inhambane (sul do país), disse a mesma fonte.

Um assessor de imprensa da Polícia em Sofala, citado hoje pela estatal Rádio de Moçambique, confirmou os dois ataques na segunda-feira nas regiões de Zove e Mutinguti, nas colunas da manhã e tarde, que fizeram dois feridos, um dos quais grave mas fora de perigo de vida.

Estes foram o último confronto desde a escalada do conflito, no início de junho, quando a Renamo suspendeu o cessar-fogo em retaliação contra a concentração de forças governamentais na região de Gorongosa, onde se supõe que esteja Dhlakama.

Num troço de cem quilómetros da N1, única estrada que une o centro e o norte do país, entre Save e MúxunguŠ, na província de Sofala, a circulação está condicionada a escoltas militares, que têm sido atacadas quase diariamente.

As partes permanecem separadas pela exigência do Governo do desarmamento do braço armado da Renamo, que, por sua vez, reivindica paridade na composição das forças armadas e de segurança.

Moçambique tem previstas eleições gerais (presidenciais, legislativas e assembleias provinciais) em 15 de outubro.

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