O Governo da Guiné-Bissau recebeu hoje da iniciativa
indiana "Team-9" um conjunto de 15 tratores para impulsionar a
agricultura e aumentar a produção de arroz, base da dieta alimentar do país,
disse o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural.
A iniciativa "Team-9" foi lançada em 2004
pela Índia para apoiar o desenvolvimento de oito países de África
(Guiné-Bissau, Senegal, Costa do Marfim, Burkina-Faso, Gana, Mali, Chade e
Guiné-Equatorial), sobretudo ao nível de infraestruturas e energia.
No âmbito da iniciativa, a Índia tem disponível um
envelope de 500 milhões de dólares [cerca de 373 milhões de euros, ao câmbio
atual] para projetos que devem ser apresentados pelos oito países, dependendo
da capacidade de cada um em apresentar propostas.
Na presença do primeiro-ministro guineense, o
ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Aníbal Pereira, recebeu das
mãos do coordenador da iniciativa para a Guiné-Bissau, Malam Mané, as chaves
dos 15 tratores novos.
"É uma doação importantíssima porque os
tratores que acabámos de receber vão ajudar no aumento da produção agrícola. O
trabalho que um trator faz numa hora é feito por cem camponeses", comparou.
As máquinas "vão ajudar sobretudo no aumento da
produção do arroz", notou Aníbal Pereira.
Além dos tratores, que vão ser distribuídos aos
camponeses de diferentes zonas da Guiné-Bissau, o projeto lançou as bases para
construção de uma fábrica de transformação de produtos agrícolas.
Malam Mané assinalou que a fábrica a ser erguida em
Safim, nos arredores de Bissau, terá capacidade para transformar mil quilos de
fruta em sumos numa hora e produzir 500 quilos de pasta de tomate por hora.
Para o ministro da Agricultura guineense, a fábrica
e os tratores "são instrumentos de luta contra a pobreza", exortando
os camponeses a aumentarem a produção.
Quando se produz "sabendo que há uma fábrica
para receber o produto, isso traz motivação. A luta contra a pobreza, contra a
insegurança alimentar, está lançada em grande escala", observou Aníbal
Pereira.
O coordenador do "Team-9" lamentou que
"só agora" a Guiné-Bissau esteja a beneficiar os fundos da
iniciativa, quando os restantes países já o fazem "há muitos anos".
Malam Mané não revelou quanto custaram os tratores,
nem a fábrica, mas adiantou que o dinheiro da iniciativa deve ser pago em 25
anos.
"São empréstimos a serem pagos em 25 anos, com
cinco anos de carência e 1,5% de taxa de juro. Mais do que isso era difícil
conseguir", concluiu Mané.
//Radio Sol Mansi
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