segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O presidente dos renovadores, Alberto N´bunhe Nambeia, afirma que o PRS assina acordo para “salvar a Guiné-Bissau”

O líder do Partido da Renovação Social (PRS), Alberto N´bunhe Nambeia, afirmou esta segunda-feira, 07 de Setembro, que esta formação política assinou acordo de incidência parlamentar com o Primeiro-Ministro Baciro Dja como forma de “salvar o país”.

Nambeia falava durante a cerimónia da assinatura, em Bissau, do memorando que permita a participação do PRS no executivo liderado por 3.º Vice-Presidente do PAIGC, Baciro Dja, cuja nomeação é contestada pelo seu Partido. O acto contou com a participação de vários dirigentes do PRS, algumas alas do PAIGC e de conselheiros do Presidente da República.

O acordo da incidência parlamentar rubricado entre a segunda maior força no Parlamento guineense e o novo primeiro-ministro, Baciro Dja, concede aos renovadores dez (10) pastas governamentais, três regiões e duas direcções gerais. O PRS na base do pacto celebrado detém cinco pastas ministeriais, nomeadamente Energia e Indústria, Comércio, Administração Pública, Saúde e Justiça.

Os renovadores terão igualmente a gestão de cinco Secretarias de Estado, designadamente Gestão Hospitalar, Segurança Alimentar, Tesouro, Pescas e Ambiente. O PRS fica igualmente com as direcções gerais da Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGC) e do Conselho Nacional de Carregadores (CNC). O referido acordo prevê igualmente a manutenção dos elementos daquela formação política nas instituições onde estavam a trabalhar antes da queda do executivo.

Na sua comunicação durante a cerimónia de assinatura, Alberto Nambeia afirmou que o seu partido coloca a Guiné-Bissau sempre em primeiro lugar e acima de todos os interesses e justifica assinatura de acordo como forma de “salvar o país”.

Referindo que o acordo ora assinado visa tirar os guineenses da situação da crise em que se encontram, Nambeia alertou o Primeiro-ministro para o facto de ter um trabalho difícil pela frente.

“Enquanto primeiro-ministro tem um trabalho de tirar o país da situação em que se encontra. Se está fazer aquilo que entendemos que é o bem-estar do povo, estamos consigo. No dia em que descobrimos que já não está a fazer aquilo que esperávamos que eras capaz de fazer, portanto diremos Primeiro-ministro obrigado, PRS vai tomar o seu rumo”, advertiu o líder dos renovadores.

O primeiro-ministro, Baciro Dja reconheceu na sua intervenção que era necessário ter um entendimento com o maior partido da oposição guineense (PRS) para a formação do executivo.

“Imbuídos de alto sentido patriótico e de responsabilidade, entendemos que era necessário um pacto de entendimento para a estabilidade governativa com o PRS. O entendimento baseia-se num diálogo sincero e honesto que vai permitir para que haja uma estabilidade sustentável da governação”, assinalou.


Lembrou ainda que a maioria dos dirigentes e militantes do PAIGC e do PRS é oriunda da mesma base sociológica de apoio. Acrescentou ainda que a única diferença que existe entre as duas formações política é a forma de ver e de governar o país.

2 comentários :

  1. Esta atitude do PRS só demonstra o oportunismo político dos membros deste Partido! A fome de ganharem dinheiro custe o que custar! A Ganância pelo Poder e consequentemente a Ganância pelo Dinheiro Fácil! O PRS está atrás de todo este Problema que estamos a viver neste momento! Só o DSP é que andou a dormir todo este tempo e a ser enganado (?) por elementos cínicos desse Partido de OPORTUNISMO!

    Como cidadão estou triste e desiludido com tudo o que se está a passar no meu País! Um País onde os interesses do Povo são subalternizados e os interesses pessoais são valorizados! Um País onde os valores Morais não contam, são desvalorizados e os valores Materiais são Supervalorizados! Um País onde a Ética e o Moral são Espezinhados, Maltratados, Açoitados de forma descarada e Deitados no Lixo! Um país onde a Mentira é mais forte que a Verdade! Um País onde a Intriga, a Inveja, o Cinismo, a Falsidade, a Hipocrisia e a Traição coabitam de mãos Dadas! Um País onde a Lealdade, em todos os sentidos e quadrantes, não existe! Um País de Políticos Corruptos (em todos os sentidos), Mentirosos e Mafiosos!

    Este país e o seu Povo não merecem os Dirigentes que têm! A realidade que vivemos hoje não é aquela Sonhada por Amílcar Cabral e os seus Companheiros da Luta de Libertação Nacional!

    O DSP deve demitir-se da Liderança do P.A.I.G.C., pois falhou em toda a Linha! Confiou num Partido Oportunista para deixar de mobilizar e integrar os elementos do seu Próprio Partido no seio do Governo! Segundo Informações dos Militantes do PAIGC na cidade de Gabú, das vezes que o DSP foi à aquela Cidade, ele nunca pôs os pés na Sede Regional do PAIGC! E, para o meu espanto, segundo eles, ele ia a Sede Regional do PRS! São estes erros que o DSP menosprezou e que hoje o levaram a ter este resultado! Resultado que relega o PAIGC numa insignificância nunca vista na História do Partido! O JOMAV e o DSP foram e são TRAIDORES do PAIGC!

    Independentemente da decisão do STJ, o DSP deve colocar o seu lugar a disposição! Pois a aliança com o PRS ou o Governo de Inclusão, apesar de alguns resultados positivos, não lhe valeu nada! Só deu dissabores ao PAIGC e a ele (?) também! Criou tantos Inimigos dentro e os “amigos” de fora não lhe valeram nada!

    No fundo do meu Coração queria e quero a derrota do JOMAV em todas as vertentes possíveis! Pois ele é o autor-mor do afundanço do PAIGC! Deu a vitória das legislativas (passadas) ao PRS de mão beijada! Cá se faz e cá se paga, JOMAV!

    O DSP ainda tem muito que aprender da política Bissau-Guineense! Confiou e confia muito nas pessoas e naquilo que lhe dizem! Mas há um ditado que diz o seguinte: “Quem vê caras não vê corações!

    Isto que assistimos é uma roubalheira! O PAIGC não pode e nem deve permitir tamanha Humilhação! O DSP tem que arrepiar caminhos! Senão, ele que ponha o seu lugar a Disposição para o bem do Partido! O DSP, repito, falhou em toda a linha! Falhou na escolha do Presidente da República, falhou na escolha do PRS como parceiro no Governo, falhou na escolha/unificação dos deputados (pois senão o PRS não se atrevia a aceitar em entrar num Governo com a minoria de deputados!) e falhou na Unificação do Partido! Portanto, repito, independentemente da decisão do STJ, o DSP deve pôr o seu lugar a disposição! Pois um líder não pode falhar tanto! Um líder não pode estar indeciso sempre!

    Que Deus abençoe o PAIGC e o Povo da Guiné-Bissau

    Gabú Sara

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  2. O pacto rubricado pelo Partido da Renovação Social vai, sem sombra de dúvida, afundar mais este país na crise política iniciada pelo Presidente da República. Ao assinar o dito memorando com o novo indigitado Primeiro-Ministro, Baciro Dja, o PRS não só contribuiu em afundar a crise vigente como também colocou um carimbo preto na trajectória da formação política criada por Kumba Yalá. Alberto Nambeia, tentou fintar todo o mundo, mas acabou por dar tiro no próprio pé. Este autêntico pacto de “diabo” não terá pernas para andar.

    É incompreensível que após três sucessivas “moções de confiança” a favor do anterior governo, o último ocorrido a menos de um mês, o PRS, possa efectuar uma viragem a 360 graus, evocando o argumento de pretender “salvar o país” como motivo de apoio ao novo executivo. Com esta decisão o PRS quis deixar o povo guineense perceber que o seu apoio indefectível ao governo de Domingos de Simões Pereira não passava de um simples paranóia politiqueira? Será que o PRS quer realmente o bem-estar e a estabilidade para a Guiné-Bissau ou está ao serviço de interesses ocultos de um grupinho de dirigentes?

    A quem convence o argumento de “salvar o país” através da integração a um governo cujo destino encontra-se ainda entre as mãos dos magistrados do Supremo Tribunal de Justiça? Como quer o PRS incarnar os valores de paz e estabilidade sem se interessar pela observância da legalidade, cordão umbilical da democracia e fundamento da unidade nacional?

    Como quer o PRS ser alternativa ao PAIGC enquanto utiliza os métodos antidemocráticos que sempre caracterizou o partido libertador ao logo da nossa história política?

    Sobre a viagem à Gâmbia, os dirigentes renovadores até agora não se dignaram explicar aos guineenses o porquê desta espontânea viagem na casa de um conhecido ditador que nada tem o oferecer à Guiné-Bissau, em termos de cultura democrática.

    Onde está a famosa ideia do pacto de estabilidade que Nambeia e seus companheiros haviam iniciado com o PAIGC e restantes partidos da plataforma parlamentar guineense? A deslocação a Banjul teria mudado tudo?

    A actual direcção do PRS traiu não só seus militantes mas também ao sofrido povo guineense que já vinha registando sinais positivos e encorajadores de um partido responsável com futuro. O PRS tinha “tudo” para se tornar num partido alternativo e à altura de concorrenciar o seu eterno adversário político e tentar projetar um horizonte risonho para o país. Este sonho está doravante comprometido com a posição forjada pelos oportunistas ao serviço de interesses particulares.

    O PRS, face à ausência de coerência política gritante no império financeiro, afundou a crise política iniciada pelo primeiro magistrado do país, José Mário Vaz. A grande verdade é que Nambeia e seus colaboradores directos não quiseram entender que o PRS não tem condições políticas para viabilizar um projecto governamental sem a bênção do partido vencedor das últimas legislativas, o PAIGC. Qualquer tentativa de impor solução contrária ao espírito da legitimidade imprimida nas urnas tem um nome: golpe de Estado. Quer o PRS ser parte do problema ou da solução?

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