O Tribunal de Contas (TC) da
Guiné-Bissau entregou hoje ao Parlamento pareceres sobre as finanças do Estado,
anunciou o presidente da instituição.
Os
documentos foram entregues por Vasco Biaguê, presidente do Tribunal de Contas,
ao líder do Parlamento, Cipriano Cassamá.
Vasco Biaguê assinalou que "por enquanto"
o Tribunal limitou-se a emitir pareceres e recomendações sobre as contas do
Estado de 2009 e 2010, mas que, no futuro, poderá realizar auditorias caso
sejam detetadas irregularidades.
O responsável do Tribunal de Contas
guineense adiantou terem sido remetidas ao Parlamento "várias
recomendações" para a melhoria da gestão das finanças públicas,
nomeadamente ao nível do património do Estado e da divida pública.
"Hoje em dia ninguém controla o
limite do endividamento público. Se formos perguntar, inclusive ao ministro das
Finanças, qual é o limite da dívida pública face ao Produto Interno Bruto
(PIB), ninguém sabe", defendeu Vasco Biaguê.
Para o presidente do Tribunal de Contas,
os procedimentos quanto ao endividamento público na Guiné-Bissau devem ser
mudados.
"Uma das constatações do Tribunal
de Contas é de que há uma situação completamente errática em matéria de gestão
da dívida pública, que não é centralizada no departamento concreto, no
Ministério das Finanças. Isto é grave", vincou Vasco Biaguê.
O presidente do Parlamento, Cipriano
Cassamá, garantiu ao presidente do TC que irá analisar as recomendações e
"no momento oportuno" convocar o Governo para uma apreciação às
sugestões.
O Tribunal analisou ainda as contas nas
vertentes da receita, despesa, procedimento orçamental, tesouraria do Estado,
Segurança Social, entre outros aspetos.
No geral foram apresentadas mais de 100
recomendações visando a melhoria da gestão das Finanças Públicas, notou Vasco Biaguê, que promete uma análise exaustiva às contas de fundos das empresas
públicas e de entidades autónomas que gerem dinheiro público.
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