Há ou não
salários em atraso de meses ou anos, inclusive aos funcionários das
Missões Diplomáticas?
Tudo se
resume a manipulação política?
É a
primeira vez que há greves na Guiné?
Se não
forem os funcionários a reivindicar o que têm a receber, quem o
fará por eles?
Temos um
país pobre ou um país mal governado, mal gerido e permanentemente
saqueado, onde alguns têm tudo e a maioria nada tem?!
E o que tem
a ver um país pobre com incumprimentos das obrigações do Estado?
E o que tem
a ver patriotismo com o incumprimento das obrigações do Estado?
Falamos e
bem da consequência negativa das greves para a população, mas
ignoramos as consequências do incumprimento salarial do Estado para
com os seus funcionários, ou não são pessoas com família para
sustentar e com obrigações várias por cumprir e por isso, sujeitas
a todo o tipo de consequências pelo facto de não receberem os seus
salários atempada e regularmente?!
Qual é o
trabalhador e em que parte do mundo, que consegue trabalhar para uma
entidade sem receber salário durante meses ou anos e sem reivindicar
através de mecanismos legais a que tem direito?
Tudo se
resume à manipulação política mesmo quando a declaração da
greve é clara sobre as razões da sua realização?
Já não se
pode fazer greve?
Quando é
que deixou de ser um direito?
Uma coisa é
o Estado descontar os dias de ausência dos seus funcionários em
greve e isso é legal e, outra, é o Estado também estar à mercê
de ser processado por sucessivos e prolongados incumprimentos das
suas obrigações para com os seus funcionários.
Importa
dizer que na Guiné-Bissau todos os governantes tiveram sempre os
seus ordenados em dia, para além de subsídios e todas as mordomias.
Porque é que os demais funcionários não podem ter os seus
ordenados em dia?
Porque é
que já não há ordenados em atraso nas Forças de Defesa e
Segurança...?!
Para que os
direitos e deveres sejam garantidos é preciso que o Estado seja a
primeira entidade a dar o exemplo!
Se deve
haver sacrifícios em nome do Estado, então que seja para todos e na
mesma medida!
Positiva e
construtivamente.
Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.
Bubacar Ture O nível da manipulação é tão gritante ao ponto de transformar um principio, tudo em troco de migalhas para garantir a sobrevivência de uns e outros alérgicos ao trabalho sério deambulam de um lado para outro ostentando vidas de luxo, dao lições de moral e valores que nunca interiorizaram, atacam pessoas honestas por exprimirem opiniões contrárias, enfim, são alimentados pelos políticos e dirigentes corruptos que se armam santos, assim vai a Guiné-Bissau.
ResponderEliminarCarlos Sambu Este governo tanga, perdeu com norte e a razão, só nos faltava esse, um individuo com gravata e óculo vem se armar de boa-governante e conhecedor da legalidade,
ResponderEliminarQuando não passa de chantagista barato, já agora, oportunamente perguntamos o senhor de óculo e gravata, também o estado vai pagar juros da mora?
Luiza Gonçalves Cuino É assim a nossa Guiné, salário é só para os tais dirigentes o resto vai trabalhando em regime de voluntariado. Francamente
ResponderEliminarFilomeno Pina Falamos de um Estado demitido, ausente das funções materiais e financeiras de compromisso de HONRA com a massa salarial, um "PAI" despido de elementos atractivos que motivem aproximação dos funcionário, mas sim, provoca REJEIÇÃO, comportamento de afastamento e, REVOLTA dos funcionários!!! Este Diagnóstico já é velho/careca no País e, quem não percebe isto, só se for por hipocrisia, leviandade politica, ignorância, manipulação, desonestidade, medo, subserviência, falta de lucidez e atc, etc. Mais não precisamos, basta "olhar" o estado d'alma dos que olham para um Estado esburacado, impotente, rodeado de filhos, uns mais próximos, esses todos gordos e colados à "teta" (mamar)! Os outros, os magrinhos e descriminados, estes nem um "pingo" de leite trazem para casa, só. Bom fim de semana a todos.... Djarama.
ResponderEliminarFernando Casimiro -Claro está que é uma medida legal, porém, importa saber e considerar que as diversas greves dos diversos sectores da Administração Pública são essencialmente para reivindicar, nalguns casos, meses de salários em atraso e, noutros, anos e anos de salários em atraso, sempre justificados pelos sucessivos governos de terem sido "herdados" de anteriores governos... E quem penaliza o Estado perante o incumprimento das suas obrigações para com os seus funcionários?
ResponderEliminarUm Estado cumpridor teria toda a legitimidade para aplicar as penalizações previstas na lei da greve, mas não é o caso do Estado que é a República da Guiné-Bissau!
Convenhamos que, o primeiro exemplo na mudança de paradigma do actual Governo de forma a criar uma melhor relação com os funcionários públicos passa por criar novos estímulos capazes de motivar o desempenho dos trabalhadores e a melhoria da produtividade e isso requer o assumir dos vários incumprimentos das obrigações, do Estado para com os seus funcionários ao longo de tantos anos, para não dizermos desde sempre.
É aconselhável que o Estado aceite e saiba negociar com os sindicatos a forma mais equilibrada para resolver os diferendos com os funcionários públicos, com tolerância e compreensão, evitando radicalismos que apenas servem para prejudicar quer os interesses do Estado quer dos seus funcionários.