sábado, 30 de janeiro de 2016

Comunidade internacional reconhece falta de vontade ao diálogo para solução da crise política guineense

O representante do Secretário-Geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Miguel Trovoada reconheceu esta sexta-feira, 29 de Janeiro 2016, que não há sinal de uma vontade política para estabelecimento do diálogo com vista a encontrar solução para actual crise política no país.

O diplomata Santomense falava a imprensa local à saída de encontro de auscultação que o Presidente da República, José Mário Vaz manteve com os representantes dos corpos diplomáticos acreditados no país.

Para Miguel Trovoada, não há sinal de uma vontade política clara e inequívoca para o estabelecimento de diálogo.

“Eu tenho recebido muitas representações de partidos políticos, sociedade civil e titulares de órgãos da soberania, mas a verdade é que esta dinâmica de diálogo em busca de soluções ainda não se desencadeou”, contou o representante da ONU em Bissau, considerando de seguida que pouco importa nesse momento identificar o culpado, mas sim encontrar soluções para actual crise.

Na sua visão, Trovoada defende que “enquanto as entidades competentes e os responsáveis políticos do país não se sentarem à mesa e discutirem a fundo as causas desta crise não será possível encontrar soluções imediatas”.

O Representante da ONU no país, chamou atenção pelo facto que os problemas da Guiné-Bissau devem ser resolvidos pelos guineenses através dos responsáveis que receberam mandatos do povo.

“A comunidade internacional não foi eleita pelo povo guineense e nem dispõe da legitimidade para resolver os problemas da Guiné-Bissau. A comunidade Internacional, apenas escuta, concorda e acompanha”

Na mesma ocasião, Representante da União Africana (UA), Ovídio Pequeno disse que a UA está com dúvidas se existem condições para que haja um clima de diálogo no seio da classe política guineense.

“Na verdade nós temos algumas dúvidas se há, de facto, condições criadas para que haja um clima de diálogo e em que condições esse diálogo poderá ser feito” questionou.

Momentos antes de receber os corpos diplomáticos acreditados no país, José Mário Vaz recebeu a comunidade religiosa e poder tradicional, também no quadro de auscultações as forças vivas do país com vista a encontrar saída para actual crise política.


O Presidente da República, poderá reunir nos próximos dias o Conselho de Estado, órgão consultivo, antes de se pronunciar. 

2 comentários :

  1. A HIPOCRISIA E A GUINÉ BISSAU

    O que o representante Miguel Trovoada disse hoje depois do encontro com o PR não deixa de ser verdade. Mas a verdade é que os que inviabilizaram a Guiné de há 40 anos a esta parte e desde Agosto em particular, não são políticos e muito menos patriotas.

    Senão vejamos nas primeiras declarações de Carlos Correia e DSP logo a seguir " a aprovação do tal programa de governo" o foco desta gente. "Agora já podemos receber o dinheiro aprovado na mesa redonda"
    Esta é a questão para esta gente.
    Por acaso a primeira preocupação foi desculparem se e ou manifestarem a sua preocupação para com o povo GUINEENSE? Não!!
    O DINHEIRO É QUE ESTÁ EM CAUSA. Porque os planos, esquemas e compromissos a boa maneira do PAIGC já estão todos orquestrados. Por isso é bom que as pessoas tenham isto em conta e deixem se de uma vez por todas de balelas.

    A meu ver, mais verdade diz o representante da OUA : "Nós notamos que há um extremar de posições e quando se extremam posições não há uma vontade política para resolver as questões", afirmou Ovídio Pequeno, salientando ter saído da reunião com o chefe de Estado guineense com mais duvidas de que certezas.
    Isto preocupa-me.
    Dúvidas e incertezas que não há maneira de vermos resolvidas. O que eu sei é que no tempo do PR NINO de certeza que não havia dúvidas porque ele já tinha resolvido o problema há muito e mais, nem tinha dado tempo a recorrente hipocrisia instalada relativamente a Guiné, nem estes palhaços ousavam fazer metade do que já fizeram.

    Acredito que o PR JOMAV tem tentado gerir da melhor maneira está situação, mas às vezes é preciso puxar da toalha para se resolver de vez problemas que se podem tornar maiores que nós.

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  2. MENSAGEM PARA O SR. MIGUEL TROVOADA: Mas que raio de representante nos saiu na sorte?

    Ao ouvir as suas declarações de hoje, após o encontro com o Presidente da República, fiquei em choque e lembrei-me do seu anterior encontro a quando da queda do governo em Agosto de 2015.

    E queria lhe perguntar se realmente quer ajudar o povo da Guiné dizendo que as partes não querem dialogar... mas ao meu ver o Senhor mais que qualquer um sabe que a única razão de toda esta situação vem da Presidência da República.

    Se o senhor acha que as Nações Unidas nada pode fazer para ajudar então convidamos o senhor a sair da Guiné Bissau e deixar o lugar para quem queira fazer algo.

    Como foi o caso do nosso saudoso amigo Ramos Horta que fez um trabalho fantástico numa situação em que o perigo era mais grave na Guiné e não se compara com a situação actual em que a extravagância de uma pessoa está a pôr em risco o desenvolvimento e o bem estar de todo um país.

    Eu tinha esperança que o senhor seria de grande apoio para a nossa terra pois várias vezes no passado você refugiar-se na Guiné quando ameaçado no seu país. Mas pelos vistos o Sr. também é um mal agradecido e um incompetente que em vez de pedir o respeito das regras e das leis pede o diálogo com pessoas que já deram provas de serem traficantes, ladrões e mentirosos.

    Já percebemos que o Presidente pretende deitar abaixo um Governo democraticamente eleito e com o programa validado pela assembleia, mas sobre isso o senhor pelos vistos não tem nada a dizer pois para si é um problema dos políticos e não do povo. Mas que raio de representante nos saiu na sorte.

    Uma pessoa que está mais ocupada a acompanhar o filho que é Primeiro Ministro em São Tomé, que em fazer o trabalho para o qual foi enviado. Então caro senhor pelas razões acima mencionadas convidamos o senhor a ir-se embora e a deixar o nosso povo resolver o seu problema.

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