domingo, 31 de janeiro de 2016

Balanço do ano 2015: HOSPITAL MILITAR ATENDE MAIS DE VINTE MIL PACIENTES

O Hospital Militar Principal Amizade Sino – Guiné-Bissau atendeu 20.286 (vinte mil duzentos e oitenta e seis) pacientes, dos quais se registou 316 óbitos (1,5%). A informação foi avançada pelo director-geral do hospital, Quinhi Nantoti, durante uma conferência de imprensa realizada na passada segunda-feira, 25 de Janeiro, para a apresentação do relatório de ano 2015.

Segundo o relatório apresentado pelo director daquele centro hospitalar, os serviços clínicos reduziram o número de óbitos de 392 em 2014 para 316 em 2015, porém registou-se uma subida no atendimento, de 18993 em 2014 para 20286, no ano passado. Ainda de acordo com o relatório, o serviço de maternidade registou 1647 casos, constatando-se um aumento da mortalidade neonatal de 104 em 2014 para 136 em 2015.

Relativamente às receitas monetárias do Hospital Militar, estas caíram em 2015 7,7 por cento, correspondentes a mais de 20 milhões de Franco CFA, em relação ao ano 2014.

O documento informa que o hospital arrecadou 120.953.075 Francos Cfas (cento e vinte milhões e novecentos e cinquenta e três mil e setenta e cinco francos) em 2015. Enquanto no ano 2014 arrecadara 141.114.600 Francos Cfas (Cento e Quarenta e Um Milhões e Cento e Quatorze Mil e Seiscentos Francos Cfas).

Igualmente, o Diretor-geral do Hospital fez uma avaliação positiva das contas do referido centro. Considerou que a baixa nas contas tem a ver com o aumento de alguns serviços clínicos que não existiam em 2014, facto que diz acarretou ainda mais custos ao hospital.

O responsável máximo do Hospital sublinhou no entanto, que as despesas internas aumentaram tendo em conta a insuficiȇncia de equipamentos médicos no mercado nacional, pelo que viram-se obrigados a recorrer ao mercado internacional para aquisição desses equipamentos que lhes ficaram mais caros.

Nantote informou ainda que houve um momento em que tiveram uma avaria da eletrobomba que fornece água ao centro, o que dificultou o normal funcionamento de alguns serviços do hospital.

Preocupado com as metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio estabelecidas pela ONU sobre a saúde no mundo, a direção que lidera deixou de fazer cobranças para os serviços de cesariana que, conforme avançou, fez mais receitas em 2014. Sublinhou que a presença da missão médica marroquina no país terá influenciado na baixa nas receitas.

Falando à imprensa à margem de apresentação pública do relatório, o Diretor Clínico, Augusto Mendes, mostrou a sua satisfação em relação ao aumento da procura pelos pacientes dos serviços daquele centro hospitalar e a redução de óbitos em relação a 2014.

Augusto Mendes não esconde igualmente o compromisso e a alegria que tem em continuar a oferecer sempre o melhor atendimento de qualidade aos doentes.

Para este ano, Augosto Mendes promete empenho no sentido de aumentar substancialmente o número de atendimentos e reduzir o máximo possível o número de óbitos, sobretudo os relacionados com a mortalidade materna infantil.

Em relação ao aumento da mortalidade neonatal, Augusto Mendes referiu que os casos ocorrem na maioria das vezes devido “à chegada tardia dos pacientes ao hospital”.


“Tem sido hábito, os pacientes chegarem muito tarde ao hospital e em certas ocasiões são pacientes que nos chegam de zonas muito longe de Bissau e chegam num estado muito grave que não dá margem para salvar o feto. Nestas circunstâncias só temos uma saída salvar a vida da mãe”, lamenta. IBD com Odemocrata

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