O Hospital Militar Principal Amizade
Sino – Guiné-Bissau atendeu 20.286 (vinte mil duzentos e oitenta e seis)
pacientes, dos quais se registou 316 óbitos (1,5%). A informação foi avançada
pelo director-geral do hospital, Quinhi Nantoti, durante uma conferência de
imprensa realizada na passada segunda-feira, 25 de Janeiro, para a apresentação
do relatório de ano 2015.
Segundo o relatório apresentado pelo
director daquele centro hospitalar, os serviços clínicos reduziram o número de
óbitos de 392 em 2014 para 316 em 2015, porém registou-se uma subida no
atendimento, de 18993 em 2014 para 20286, no ano passado. Ainda de acordo com o
relatório, o serviço de maternidade registou 1647 casos, constatando-se um
aumento da mortalidade neonatal de 104 em 2014 para 136 em 2015.
Relativamente às receitas monetárias do
Hospital Militar, estas caíram em 2015 7,7 por cento, correspondentes a mais de
20 milhões de Franco CFA, em relação ao ano 2014.
O documento informa que o hospital
arrecadou 120.953.075 Francos Cfas (cento e vinte milhões e novecentos e
cinquenta e três mil e setenta e cinco francos) em 2015. Enquanto no ano 2014
arrecadara 141.114.600 Francos Cfas (Cento e Quarenta e Um Milhões e Cento e
Quatorze Mil e Seiscentos Francos Cfas).
Igualmente, o Diretor-geral do Hospital
fez uma avaliação positiva das contas do referido centro. Considerou que a
baixa nas contas tem a ver com o aumento de alguns serviços clínicos que não
existiam em 2014, facto que diz acarretou ainda mais custos ao hospital.
O responsável máximo do Hospital
sublinhou no entanto, que as despesas internas aumentaram tendo em conta a
insuficiȇncia de equipamentos médicos no mercado nacional, pelo que viram-se
obrigados a recorrer ao mercado internacional para aquisição desses
equipamentos que lhes ficaram mais caros.
Nantote informou ainda que houve um
momento em que tiveram uma avaria da eletrobomba que fornece água ao centro, o
que dificultou o normal funcionamento de alguns serviços do hospital.
Preocupado com as metas dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milénio estabelecidas pela ONU sobre a saúde no mundo, a
direção que lidera deixou de fazer cobranças para os serviços de cesariana que,
conforme avançou, fez mais receitas em 2014. Sublinhou que a presença da missão
médica marroquina no país terá influenciado na baixa nas receitas.
Falando à imprensa à margem de
apresentação pública do relatório, o Diretor Clínico, Augusto Mendes, mostrou a
sua satisfação em relação ao aumento da procura pelos pacientes dos serviços
daquele centro hospitalar e a redução de óbitos em relação a 2014.
Augusto Mendes não esconde igualmente o
compromisso e a alegria que tem em continuar a oferecer sempre o melhor
atendimento de qualidade aos doentes.
Para este ano, Augosto Mendes promete
empenho no sentido de aumentar substancialmente o número de atendimentos e
reduzir o máximo possível o número de óbitos, sobretudo os relacionados com a
mortalidade materna infantil.
Em relação ao aumento da mortalidade
neonatal, Augusto Mendes referiu que os casos ocorrem na maioria das vezes
devido “à chegada tardia dos pacientes ao hospital”.
“Tem sido hábito, os pacientes chegarem
muito tarde ao hospital e em certas ocasiões são pacientes que nos chegam de
zonas muito longe de Bissau e chegam num estado muito grave que não dá margem para
salvar o feto. Nestas circunstâncias só temos uma saída salvar a vida da mãe”,
lamenta. IBD com Odemocrata
Sem comentários :
Enviar um comentário
COMENTÁRIOS
Atenção: este é um espaço público e moderado. Não forneça os seus dados pessoais (como telefone ou morada) nem utilize linguagem imprópria.