Contra argumentos do Ministério Publico,
o Juiz de Instrução Criminal (JIC) do Tribunal Regional de Bissau ordenou, esta
quarta-feira, 24, a libertação do antigo Sectário de Estado dos Transportes e
Comunicações, João Bernardo Vieira, preso nas celas da Polícia Judiciária, sob
ordem da Procuradoria Geral da República, há oito dias.
Informações disponíveis indicam que o
Juiz de Instrução Criminal considera que a prisão de Bernardo Vieira, que é
também Porta-voz do PAIGC, ultrapassou o prazo de prisão preventiva e que, de
ponto vista legal, não podia continuar na prisão. Contudo, ao antigo Secretário
de Estado dos Transportes e Comunicações foi aplicado uma medida coacção sob
termo de identidade e residência.
João Bernardo Vieira é suspeito de crime
de corrupção e de desobediência a uma convocação do Ministério Público, tendo
sido preso a 17 de Agosto. Com a Voz da América
O ex-secretário de Estado dos Transportes e Comunicações da Guiné-Bissau, João Bernardo Vieira, saiu hoje em liberdade após ter sido detido durante uma semana por ordem do Ministério Público.
ResponderEliminarJoão Bernardo Vieira, detido pela Polícia Judiciária a 17 deste mês, dia em que completou 39 anos, disse, em declarações aos jornalistas que acredita na justiça divina.
“Sempre disse que o poder de Deus é maior que o dos homens”, enfatizou o ex-governante, que estava com um enorme crucifixo católico no pescoço quando saiu da cela.
Afirmando-se crente em Deus, João Bernardo Vieira disse que tem sido perseguido “há mais de um ano” - por pessoas ou entidades que não especificou - mas que sempre se predispôs para provar a sua inocência perante a justiça, na qual também acredita.
O advogado do ex-governante, Carlos Pinto Pereira, disse que o seu constituinte desconhece qual a acusação formulada por parte do Ministério Público contra si e que este saiu em liberdade porque o Juiz de Instrução Criminal (JIC) do Tribunal de Relação de Bissau aceitou o pedido de 'habeas corpus' que interpôs.
O Ministério Público queria que o JIC confirmasse a prisão preventiva do ex-governante, enquanto estivesse a investigar um conjunto de suspeitas que alega penderem sobre João Bernardo Vieira durante a sua presença no Governo.
Entre as suspeitas, figura o processo de contratação da empresa de aviação privada portuguesa, EuroAtlantic, que liga a Guiné-Bissau a Portugal, liderado por João Bernardo Vieira, indicou à Lusa uma fonte judicial, mas que se recusou a adiantar pormenores das alegadas dúvidas.
O advogado Carlos Pinto Pereira notou que João Bernardo Vieira “vai aguardar tranquilamente em sua casa” pelas diligências futuras “estando totalmente disponível” para colaborar com a justiça para a descoberta da verdade sobre qualquer acusação, disse.
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), de que João Bernardo Vieira é porta-voz, considera que o seu dirigente é alvo de perseguição por parte do Procurador-Geral da República, António Sedja Man e do Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz.
O partido denuncia a existência de uma alegada lista com os nomes dos seus dirigentes, todos ex-governantes, que vão ser detidos, mas sem indicar de quem se tratam.
Ao longo dos anos temos vindo a negar o funcionamento da Justiça, porque achamos que ninguém da nossa relação de conveniência pode ser considerado suspeito disto ou daquilo, no âmbito de processos judiciais legais e extensivos a todo e qualquer cidadão.
ResponderEliminarNão admira que até hoje e quase a completar 43 anos desde a proclamação da sua independência, ninguém tenha sido responsabilizado judicialmente, por diversos crimes que todos sabemos que uns e outros cometeram na Guiné-Bissau.
Quem quer saber se o "Zé ninguém" quando é detido por furtos para comer e dar de comer aos seus, fica anos sem ser ouvido e não as 48 horas que se reclama para um qualquer cidadão diferenciado, mas suspeito de vários crimes, que tem toda uma estrutura de apoio, de propaganda, inclusive, em nome dos direitos humanos, para atacar uma acção normal do Ministério Público?
Não é por acaso que a Justiça não funciona na Guiné-Bissau.
Não é por acaso que as Instituições não funcionam na Guiné-Bissau.
Não é por acaso que na Guiné-Bissau, uns poucos têm milhões e milhões pouco ou nada têm, parafraseando o meu amigo Orlando Castro.
Não é por acaso, infelizmente, que a Guiné-Bissau está como está!
Positiva e construtivamente.
Didinho 24.08.2016
É O QUE HÁ
ResponderEliminarÚnica coisa que a nossa justiça conseguiu durante 43 anos é prisão preventiva para com intocáveis e efetiva para ladrões de galinha. É o que há
Há um continuo golpe no peito da justiça, desferido pelo próprio povo , que depois reclama justiça, mais insurge-se contra instituição quando o ídolo ou próximo está sob mira da mesmo. É o que há
Ninguém fez nada ,mais nada foi feito , o país nunca foi saqueada, crime de sangue nunca foi cometida e não temos necessidade de punir ninguém, todos são messiânico principalmente o establishment que nos governa a anos , por isso , eles entrem como presos e saiam como HERÓIS. É o que ha
É o que há, quem realmente precisa de justiça para se sair do buraco que foi metido deliberadamente é o mesmo que ataque a própria justiça e endeusa quem lhe tira tudo que tem direito em nome de JESUS CRISTO. infelizmente, é o que há.
CARLOS SAMBU.