O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário
Vaz, renovou, quarta-feira, 21, “a solicitação do apoio das Nações Unidas ao
processo de reconciliação nacional em curso” no seu país.
No seu discurso na 71ª sessão da
Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, Vaz indicou outras
solicitações, incluindo a participação das forças armadas guineenses nas
missões de manutenção de paz.
Outra preocupação que precisa de ajuda
internacional “é a obtenção de fundos para a reintegração dos desmobilizados”.
Vaz usou a sua intervenção para explicar
ao mundo que o seu país já não enfrenta uma “crise político-militar”, mas sim
“uma crise eminentemente político-institucional”.
Consolidação
da paz
Recentemente, disse Vaz, foi assinado
pelo Presidente do parlamento, primeiro-ministro e dois partidos, que
“permitirá o apaziguamento de tensões políticas que permitam a estabilidade
governativa até o fim da legislatura”.
Ele prometeu trabalhar com todos para a
“consolidação de um clima de paz”.
Além de assuntos internos, Vaz defendeu
a necessidade de se implementar o acordo de mudanças climáticas, assinado em
2015, em Paris, e manifestou a solidariedade aos que sofrem de acções
terroristas no mundo. Com a Voz da América
Oiça o discurso do Chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, na íntegra «aqui»
Oiça o discurso do Chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, na íntegra «aqui»
O Presidente da República prometeu fazer tudo, através de um diálogo político franco e aberto com todas as forças vivas do país, para a consolidação do clima de paz e estabilidade social, que considera indispensáveis para o processo de governação.
ResponderEliminarJosé Mário Vaz que discursava quarta-feira na septuagésima primeira Sessão da Assembleia Geral da ONU, a decorrer em Nova Iorque, sob o tema “ problemática do desenvolvimento sustentável”, disse que, para a Guiné Bissau, a presente sessão representa uma oportunidade para reforçar os compromissos, bem como de partilha da responsabilidade entre todos os actores internacionais na realização dos objectivos da agenda 2030.
O chefe de Estado guineense afirmou que o Programa de Acão de Adis-Abeba para financiar o desenvolvimento, aprovado pela Assembleia Geral, em julho de 2015, alimenta novas esperanças no que se refere ao financiamento para a realização dos objectos do desenvolvimento sustentável.
Acrescentou que os compromissos assumidos entre as partes, devem ser respeitados e harmonizados para que os objetivos da agenda 2030 e do programa de ação de Adis-Abeba sejam realizados .
O Presidente da República da Guiné-Bissau afirmou que o país está determinado em assumir a responsabilidade que lhe cabe na implementação dos compromissos na base de estratégia global e regional.
“Nesta perspetiva, estou satisfeito pelo facto do nosso Plano Nacional do Desenvolvimento estar alinhado com grande parte dos objetivos que compõem a agenda 2030. Devo elogiar, por outro lado, a vontade política das autoridades nacionais de reajustar progressivamente este plano, tendo em vista a acomodação integral dos 17 objetivos do desenvolvimento traçados”, referiu.
Afirmou que o país tem um capital natural muito importante para alavancar o seu desenvolvimento e a preservação do ambiente na região da África ocidental, frisando que a biodiversidade tornou-se num eixo transversal ao desenvolvimento do país.
José Mário Vaz falou também do recente acordo assinado com vista a ultrapassar a presente situação política do país e o bloqueio no parlamento, sob a égide da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO).
Considera ser um passo importante para o apaziguamento das tenções políticas e o alcance de plataformas de consenso que permita garantir a estabilidade governativa até ao fim da presente legislatura.
O presidente da República da Guiné-Bissau renovou o seu pedido de apoio das Nações Unidas ao processo de reconciliação nacional em curso no país, à participação das Forças Armadas em missões de manutenção de paz, materialização da reforma no sector da defesa e segurança, sobretudo no controlo de armamentos e gestão de materiais de guerra, construção de paióis e recuperação casernas e obtenção de fundos de reintegração dos desmobilizados.
José Mário Vaz pediu ainda a implementação do acordo de Paris , por ser um instrumento de regulação do diálogo e da cooperação internacional entre os Estados que têm nas suas mãos o destino do planeta.
O Presidente abordou ainda questões de alterações climáticas no seu país que representam um perigo emergente, por a Guiné-Bissau ser um país costeiro.
O chefe de Estado destaca o assunto das mudanças climáticas como uma das principais prioridades das açoes politicas, razão pela qual disse querer participar na cimeira dos oceanos do próximo ano.