O Representante Residente do Fundo
Monetário Internacional (FMI) na Guiné-Bissau, Oscar Melhado, anunciou esta sexta-feira,
02 de Dezembro do ano em curso, que o Conselho de Administração do FMI aprovou
a primeira e a segunda avaliação no âmbito da facilidade de crédito alargado
que permite o desembolso imediato, um montante equivalente a 7,1 milhões de
dólares americanos.
De acordo com Oscar Melhado, todos os
créditos de desempenho para a primeira e a segunda avaliação foram cumpridos,
as discussões do corpo técnico com as autoridades, centraram-se em medidas
destinadas a colmatar o défice de financiamento de 2016, decorrente da perda de
apoio ao orçamento para relançar as reformas estruturais.
“As autoridades tomaram medidas correctivas,
inclusivamente a anulação do resgate bancário e medidas para sanar as
debilidades da gestão das finanças públicas. A estratégia de desenvolvimento da
Guiné-Bissau centra-se num sector público eficiente, num ambiente de negócios
propício ao crescimento e na redução da pobreza”, espelhou.
Representante do Fundo Monetário Internacional,
explicou ainda que as medidas tomadas pelas autoridades do país, são dignas e
mostram a sua determinação para aplicar políticas económicas sólidas, mas
subsistem riscos consideráveis que exigirão medidas decisivas e contínuas para
garantir o sucesso.
“A prolongada crise política, provocou
derrapagens na gestão das finanças públicas e a desaceleração das reformas económicas.
As medidas correctivas recentes, conjugadas com a aplicação decisiva das
políticas económicas e da agenda de reformas estruturais no âmbito do programa
que ajudarão a recuperar a confiança dos investidores privados e dos parceiros
de desenvolvimento”, advertiu.
Para o Ministro cessante da Economia e
Finanças, Henrique Horta dos Santos, disse que o momento é de satisfação para
todos os guineenses, sendo que “não é todos os momentos que se consegue dar a
um resultado tão difícil como este que tivemos com o Fundo Monetário
Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM) ”.
Horta dos Santos acrescenta ainda que é
uma responsabilidade acrescida do governo, sendo que não basta dizer que o
programa está reatado com FMI, mas sim prosseguir na implementação, respeitando
todas as metas e princípios assumidos para que o país não conheça novas
derrapagens.
Em Junho deste ano, uma missão do FMI
tinha condicionado o desembolso das parcelas remanescentes” de um apoio de 9,2
milhões de euros em 2016, com adopção de “medidas correctivas relativas ao
resgate à banca” de 2015 [no valor de 52 milhões de euros] pelas autoridades
guineenses. Com o semanário Odemocrata
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