O ministro da Saúde Pública, Carlitos
Barai prometeu fazer funcionar o Hospital Nacional Simão Mendes através de um
controlo rigoroso das suas receitas.
A promessa foi esta terça-feira feita
pelo titular da pasta de Saúde Pública durante a visita que efectuou àquele
estabelecimento hospitalar.
“Os responsáveis de cada serviço
apresentaram problemas, mas o Hospital é um centro de referência e faz
diagnóstico de várias doenças e os referidos serviços são pagos”, vincou, tendo
questionado do paradeiro das receitas recolhidas nestes serviços, e afirmado
que é necessário um controlo das mesmas.
Carlitos Barai reconhece existência de
dificuldades e pede a colaboração dos directores dos diferentes serviços para,
em conjunto, encontrarem soluções para esses problemas.
Quanto as prioridades, para o sector,
Barai disse que, primeiro, vai manter um encontro com os técnicos do Ministério,
para o efeito.
Nesta perspectiva, salientou a
necessidade de conclusão das obras do Centro de Hemodialise e instalação de
equipamentos que se encontram no hospital há dois anos bem como a insuficiência
de materiais no serviço de raio X e a falta de especialistas e do pessoal
técnico.
Durante a visita o ministro foi confrontado com
inúmeras dificuldades com que se deparam os serviços do Hospital Nacional Simão
Mendes (HNSM), sobretudo na Urgência, Pediatria, Maternidade, Laboratório,
Cozinha, Nefrologia e no Bloco Operatório, ambos com insuficiência de materiais
e de técnicos.
O
Director-geral do serviço de Urgência do Hospital, Leibniz Bacame Vaz revelou
que o serviço depara com falta de materiais de protecção dos técnicos, e de
medicamentos.
Para a Directora da Pediatria, Nadia
Mendes da Silva, o problema tem a ver com o aumento de casos de paludismo
graves registados nos últimos tempos, e vindos principalmente da região de
Biombo. Por isso apela as mães no sentido de dormirem com os filhos de baixo de
mosqueteiros para evitar o contágio da malária.
Segundo a nutricionista e responsável da
Cozinha do Hospital, Berta Ié apesar de o Primeiro-ministro ter cumprido a
promessa de instalar duas arcas congeladoras, o hospital continua a deparar-se com
falta de géneros alimentícios e de pratos.
Disse que para cobrir a necessidade da
Cozinha do Hospital, precisam diariamente de 120 quilos de peixe, 90 quilos de
arroz e 720 pratos, informando que um dos dois frigoríficos oferecidos pelo
chefe do governo já esta avariado e que assunto já é de conhecimento da
direcção do Hospital.
A Directora de serviço de Laboratório,
Lucilina Maimuna Indjai pediu a instalação de equipamentos laboratoriais que hà
dois anos se encontram naquele estabelecimento sanitário e da garantia de stok
de reagente e formação de técnicos que irão manejar os referidos equipamentos,
assim como melhoria de serviço de limpeza no hospital.
Por sua vez, o director do Serviço de
Nefrologia, Nelson António Delgado pediu igualmente a instalação urgente de
equipamentos no Centro de hemodiálises para evitar perda de vidas e evacuação
desnecessária de doentes para estrangeiro que muitas vezes acabam por falecer
por atendimento tardio.
Falou da necessidade de reforçar a
segurança no hospital para prevenir agressões que os técnicos são sujeitos
pelos familiares ou de outras pessoas e da reparação da rede elétrica em todos
serviços.
A directora dos serviços da maternidade,
Margarida Sá, disse, por sua vez, que não dispõem de lençóis suficientes, e que
faltam dois técnicos para o novo bloco operatório.
Margarida ainda disse que o serviço
funciona com 35 parteiras, 10 enfermeiros e 11 médicos, o que é insuficiente
para atender o número das pessoas que procuram aquele serviço.
Criada
comissão para averiguar desaparecimento de medicamentos
O ministro da Saúde Pública anunciou
terça-feira a criação de uma Comissão para averiguar e apurar responsabilidades
aos responsáveis pelo desaparecimento de medicamentos no Centro Materno
Infantil destinado a desparasitação de cerca cinco mil crianças.
Carlios Barai que falava à imprensa após
uma visita ao Hospital Nacional Simão Mendes, confirmado não só o alegado roubo
de medicamentos, assim como o adiamento para uma data a determinar posterior, a
campanha que deveria começar na segunda-feira passada.
O governante lembrou que esta é a
terceira vez que os materiais sanitários desaparecem no Ministério de Saúde
porque já tinha acontecido no armazém da Farmácia do Hospital Nacional Simão
Mendes e dos mosquiteiros impregnados no Hospital 3 de Agosto.
“Mas como é possível que alguém tenha a
coragem de tirar caixas de medicamentos sem ser visto por qualquer pessoa”,
questionou Carlitos Barai, assegurando que é preciso acabar com essas práticas.
Disse não compreender as razões do
roubo, * porque são medicamentos de pouca procura e de valor monetário
irrelevante*.
Os referidos desparatizantes foram
adquiridos pelo Fundo das Nações Unidas para Infância UNICEF que tem vindo
apoiar o executivo na prevenção das doenças. Com Agencia Noticiosa da
Guiné-Bissau
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