terça-feira, 11 de julho de 2017

O Presidente da República, José Mário Vaz, presidiu no passado sábado, na região de Cacheu, norte do país, as cerimónias de lançamento de sementes de arroz numa bolanha de 155 hectares.

José Mário Vaz, acompanhado do ministro de Agricultura, Florestas e Pecuária, da representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura (FAO) e do Fundo Monetário Internacional, marcharam num percurso de cerca de um quilómetro do centro de Calequisse para a referida bolanha.

Ao chegar ao local da lavoura, o chefe de Estado guineense com calçado tipo galoja nos pés, estava a ser esperado por centenas de populares locais entre homens e mulheres que ao lado de José Mário Vaz lançaram sementes de arroz no terreno cultivado por dois tractores.

Em declarações à imprensa, o ministro da Agricultura, Florestas e Pecuária, disse que está satisfeito ao ver a população mobilizada para fazer um “grande trabalho”.

“Pensamos que deve ser o nosso objectivo eliminar a pobreza e acabar com a fome. Isso significa que temos que trabalhar mais para elevar o nível de produção”, disse Nicolau dos Santos.

 Revelou que, neste momento, o Ministério da Agricultura está empenhado em mudar a filosofia de produção.

“Sabemos que no nosso país, os camponeses fazem a lavoura de forma tradicional ou seja manual, com arados, enxadas etc. Mas agora estamos a começar a virar a filosofia produzindo com as máquinas”, disse.

Salientou que somente com as máquinas é que o país poderá elevar o nível da produtividade.


“Isso que vocês acabaram de testemunhar está a acontecer um pouco por todo o país. As máquinas foram disponibilizadas para trabalhar nas bolanhas. Portanto pensamos que, se houver boa chuva, vamos conseguir um bom resultado”, referiu.

Perguntado sobre com que impressão ficou ao ver o Presidente da República na bolanha ao lado dos populares, Nicolau dos Santos sublinhou que o chefe de Estado tinha que começar para mostrar que, de facto, todos devem meter as mãos na lama.

Em relação a presença dos parceiros internacionais. o titular da pasta da Agricultura afirmou que sozinhos não podem fazer nada, acrescentando que se deparam com carência das máquinas.

“Para mudar para a agricultura mecanizada é necessário as máquinas que são muito caras. Sabem que o país não está em condições de conseguir adquirir grandes quantidades de máquinas. Imaginam que actualmente temos ao nível de todo o país somente 32 tractores agrícolas, número insuficiente para atingir o nosso objectivo”, explicou.

Perguntado sobre para quando é que o país poderá atingir a auto-suficiência alimentar com o início da mecanização agrícola, Nicolau dos Santos respondeu que dentro de um horizonte temporal de cinco anos.

Segundo o Director Executivo da Cooperativa Mon Na Lama, Alberto Sanca e a referida bolanha tem uma superfície de 155 hectares e agrupa 190 agricultores, que no final da colheita cada um irá beneficiar de 0,1 hectar.


“Esperamos que em termos de rendimento e com uma boa preparação do solo podemos colher cerca de cinco toneladas de arroz, utilizando adubos e sementes melhorados”, disse. Com Agencia Noticiosa da Guiné-Bissau

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