José Mário Vaz, acompanhado do ministro
de Agricultura, Florestas e Pecuária, da representante da Organização das
Nações Unidas para Agricultura (FAO) e do Fundo Monetário Internacional,
marcharam num percurso de cerca de um quilómetro do centro de Calequisse para a
referida bolanha.
Ao chegar ao local da lavoura, o chefe
de Estado guineense com calçado tipo galoja nos pés, estava a ser esperado por
centenas de populares locais entre homens e mulheres que ao lado de José Mário
Vaz lançaram sementes de arroz no terreno cultivado por dois tractores.
Em declarações à imprensa, o ministro da
Agricultura, Florestas e Pecuária, disse que está satisfeito ao ver a população
mobilizada para fazer um “grande trabalho”.
“Pensamos que deve ser o nosso objectivo
eliminar a pobreza e acabar com a fome. Isso significa que temos que trabalhar
mais para elevar o nível de produção”, disse Nicolau dos Santos.
Revelou que, neste momento, o Ministério da
Agricultura está empenhado em mudar a filosofia de produção.
“Sabemos que no nosso país, os
camponeses fazem a lavoura de forma tradicional ou seja manual, com arados,
enxadas etc. Mas agora estamos a começar a virar a filosofia produzindo com as
máquinas”, disse.
Salientou que somente com as máquinas é
que o país poderá elevar o nível da produtividade.
“Isso que vocês acabaram de testemunhar
está a acontecer um pouco por todo o país. As máquinas foram disponibilizadas para
trabalhar nas bolanhas. Portanto pensamos que, se houver boa chuva, vamos
conseguir um bom resultado”, referiu.
Perguntado sobre com que impressão ficou
ao ver o Presidente da República na bolanha ao lado dos populares, Nicolau dos
Santos sublinhou que o chefe de Estado tinha que começar para mostrar que, de
facto, todos devem meter as mãos na lama.
Em relação a presença dos parceiros
internacionais. o titular da pasta da Agricultura afirmou que sozinhos não
podem fazer nada, acrescentando que se deparam com carência das máquinas.
“Para mudar para a agricultura
mecanizada é necessário as máquinas que são muito caras. Sabem que o país não
está em condições de conseguir adquirir grandes quantidades de máquinas.
Imaginam que actualmente temos ao nível de todo o país somente 32 tractores
agrícolas, número insuficiente para atingir o nosso objectivo”, explicou.
Perguntado sobre para quando é que o
país poderá atingir a auto-suficiência alimentar com o início da mecanização
agrícola, Nicolau dos Santos respondeu que dentro de um horizonte temporal de
cinco anos.
Segundo o Director Executivo da
Cooperativa Mon Na Lama, Alberto Sanca e a referida bolanha tem uma superfície
de 155 hectares e agrupa 190 agricultores, que no final da colheita cada um irá
beneficiar de 0,1 hectar.
“Esperamos que em termos de rendimento e
com uma boa preparação do solo podemos colher cerca de cinco toneladas de arroz,
utilizando adubos e sementes melhorados”, disse. Com Agencia Noticiosa da
Guiné-Bissau
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