Em ambiente de tensão e contestação ao Ministério da Defesa, a estrutura de comando alargada do Exército reúne-se esta tarde. Em cima da mesa estará o furto de armamento. As aparentes fragilidades em Tancos podem não ser caso único.O chefe de Estado Maior do Exército disse que o paiol de armas e munições de Santa Margarida tem o mesmo tipo de segurança, ou seja, falta dela. Espanha divulga a lista de material roubado emTancos »»
Os Paióis Nacionais de Tancos,
assaltados na quarta-feira, estavam sem videovigilância há dois anos e o roubo
de material de guerra foi mais grave do que o inicialmente avançado.
De acordo com “Diário de Notícias”, além
das 120 granadas ofensivas e 1.500 munições, foram também roubados 44
lança-granadas e quatro engenhos explosivos “prontos a detonar”.
O Exército não confirma ainda que o
roubo de material de guerra tenha esta dimensão, mas a Renascença sabe que já
está terminado o levantamento levado a cabo pela Polícia Judiciária Militar.
Ainda segundo o jornal, que cita fonte
policial, os primeiros indícios revelam que a rede foi cortada e os autores do
roubo entraram na zona militar entre 400 e 600 metros até ao paiol.
A intrusão ocorreu cerca das 18h00 de
quarta-feira e foi detectada por uma ronda móvel.
Os 14 paióis estão a cargo do Regimento
de Engenharia n.º 1. É um espaço fora do perímetro das unidades situadas na
Área Militar de Tancos.
Há várias rondas apeadas e em viaturas
feitas diariamente e em horários aleatórios, o que pode permitir à Polícia
Judiciária Militar, entidade responsável pela investigação deste caso, situar
com precisão o intervalo de tempo em que o assalto foi feito.
A mesma fonte revelou também ao jornal
que estão a ser verificados os inventários de todos os paióis do quartel, pois
há suspeita de roubos anteriores.
O ministro da Defesa já se pronunciou
sobre este caso. Diz que o roubo foi “bastante profissional” e garantiu que não
ficará "nada por levantar" nas averiguações.
"Evidentemente é um facto grave,
não vale a pena estar a desvalorizar esse facto. É sempre grave quando
instalações militares são objecto de acção criminosa tendente ao furto
justamente de material militar", disse Azeredo Lopes aos jornalistas, em
Bruxelas, à margem de uma reunião da NATO.
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