O Banco Africano de Desenvolvimento
(BAD) estimou hoje em comuicado que
existe um défice de investimento no continente que pode chegar aos 1,2 biliões
de dólares por ano, durante uma visita a Abuja para lançamento do Fórum de
Investimento em África (FIA).
“Através do FIA, o BAD e os seus
parceiros vão avaliar e melhorar os projectos financeiramente viáveis, atrair
investidores e facilitar as transacções para diminuir o défice de investimento
em África, estimado entre 200 mil milhões e 1,2 biliões de dólares por ano”,
refere o BAD.
A visita a Abuja, à margem dos Encontros
Anuais do Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank), serve para
lançar o FIA, que vai decorrer em Joanesburgo entre 7 e 9 de Novembro, e que é
apresentado como um encontro de negócios para acelerar a transformação
económica do continente africano.
“Só as necessidades de financiamento das
infra-estruturas estão estimadas entre 130 a 170 mil milhões de dólares por
ano, sendo que o investimento actual rondou os 63 mil milhões de dólares em
2016, o que equivale a um défice de financiamento entre os 67 e os 107 mil
milhões de dólares, só na área das infra-estruturas”, de acordo com o BAD.
Para tentar reduzir esta falta de
investimento, o BAD vai lançar uma plataforma que pretende reduzir o risco dos
investimentos internacionais em África, uma iniciativa que se junta a outras,
com o Repositório MANSA, do Afreximbank, uma espécie de directório de
informação sobre as empresas africanas.
O Afreximbank, cujos Encontros Anuais
decorrem até sábado em Abuja, a capital da Nigéria, é um banco de apoio ao
comércio, exportações e importações em África e foi criado em Abuja, em 1993.
Tem um capital de 5 mil milhões de dólares e está sediado no Cairo.
Os accionistas são entidades públicas e
privadas divididas em quatro classes e dele fazem parte governos africanos,
bancos centrais, instituições regionais e subregionais, investidores privados,
instituições financeiras e agências de crédito às exportações, além de
instituições financeiras não africanas e de investidores em nome individual.
Com a Lusa
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