A União Africa (UA) realiza em Kigali, a
capital do Burundi, a sua 27ª Assembleia, cujo tema central é Direitos Humanos,
em particular os da mulher.
Nos dias 17 e 18 do corrente, a AU terá,
na mesma cidade, a Cimeira Anual dos Chefes de Estado, que, entre outros pontos
tem na agenda a escolha de um novo líder, que substituirá a sul-africana
Nkosazana Dlamini Zuma.
O novo líder, dizem analistas, deverá
conduzir a UA na edificação da real democracia e busca de caminhos para o
desenvolvimento do continente.
Enquanto decorre a Assembleia de Kigali,
entrevistamos o analista político guineense Delfim da Silva sobre a relevância
da organização continental.
“Sou pessimista” em relação `a União
Africana, porque tem dificuldades de produzir soluções para o desenvolvimento
do continente, diz o analista, que foi ministro dos Negócios Estrangeiros da
Guiné-Bissau.
Ele sugere a aposta em grupos regionais
como Cedeao (região ocidental) e Sadc (região austral) para a dinamização do
desenvolvimento.
Para o académico, África deverá deixar
de ser exportador de matéria prima e desenvolver as próprias suas industrias.
Na entrevista, Da Silva diz que em
África “a democracia é uma maldição”, pois os lideres políticos manipulam os
processos para se manter no poder para beneficio próprio.
Para ele, há ainda um longo caminho para
se alcançar uma governação transparente em África, onde até a imprensa é
manipulada por lideres corruptos.
Quanto ao passaporte continental, cuja
fase piloto será lançada nos encontros desta semana, Da Silva diz que não tem
nada de realístico, e a UA deveria encontrar um modelo adequado aos diferentes
estágios de desenvolvimento dos seus 54 membros antes de avançar com propostas
do género.Com a Radio Jovem
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