Bissau - O debate do uso do crioulo e concertos, teatro e cinema são os objetivos da primeira semana da crioulofonia da Guiné-Bissau, que hoje começa na capital do país pela mão do Centro Cultural Franco-Bissau-guineense.
Chamada "Purmeru Sumana di Kriolofunia", a iniciativa junta o Centro e a Universidade Amílcar Cabral para debater, durante uma semana, a génese do crioulo
guineense, como normalizar o crioulo, e o seu ensino em contexto multilingue.
"Quisemos homenagear o crioulo, a língua que chegou a unir os guineenses em torno de um ideal", não fazendo desta semana só de festa, de música e de teatro mas também uma semana onde a pesquisa estaria presente, explicou à Lusa a professora e poetisa Odete Semedo, da Universidade Amílcar Cabral.
A ideia, disse, é intercalar na parte lúdica conferências sobre o crioulo, debatendo a sua génese e "o encontro de culturas e de línguas que deu origem" à língua materna da Guiné-Bissau, mas também a parte escrita.
"Porque cada um escreve de sua maneira, porque a grafia não está normalizada, queremos trazer à discussão este aspeto científico", disse Odete Semedo, explicando que houve já no passado uma tentativa de normalização do crioulo mas que se ficou num impasse, com uns a defenderem um crioulo "mais latino" e outros a querer um crioulo mais de acordo com a "escrita fonética africana".
Por isso, explicou, nesta semana a questão será debatida por linguistas, professores de literatura, sociólogos e historiadores, e "vão ser recolhidos subsídios" para depois haver um debate técnico e no final os resultados serão apresentados ao Ministério da Educação.
Guillaume Thieriot, diretor do Centro, explicou também à Lusa que se pretende debater por exemplo o facto de o crioulo não ser ensinado na escola, não no sentido de se contrapor as várias línguas (incluindo as étnicas) faladas na Guiné-Bissau mas "considerando tudo isso como uma riqueza".
Fazer uma semana da crioulidade era para o Centro, frisou, um imperativo, porque se trata de um Centro Cultural binacional (daí chamar-se Franco-Bissau-Guineense), que tem semanas da francofonia, pelo que faz todo o sentido ter uma semana da crioulofonia, uma iniciativa que se pretende repetir a partir de agora.
"Os próprios guineenses desvalorizam o crioulo, mas trata-se de uma língua de produção artística, temos aqui todas as semanas manifestações artísticas em crioulo", disse Guillaume Thieriot, que deixou um convite: "Que esta semana seja uma espécie de criação coletiva, que cada um venha e traga o seu crioulo, um conto, uma história, uma canção, um poema, no seu crioulo."
Além do teatro, do cinema e da música, a semana terá o lançamento de três livros e na sexta-feira o primeiro aniversário do golpe de Estado que derrubou os dirigentes eleitos será assinalado com uma noite de histórias à volta da fogueira, na reprodução de uma tabanca (aldeia) tradicional no Centro Cultural.
Chamada "Purmeru Sumana di Kriolofunia", a iniciativa junta o Centro e a Universidade Amílcar Cabral para debater, durante uma semana, a génese do crioulo
guineense, como normalizar o crioulo, e o seu ensino em contexto multilingue.
"Quisemos homenagear o crioulo, a língua que chegou a unir os guineenses em torno de um ideal", não fazendo desta semana só de festa, de música e de teatro mas também uma semana onde a pesquisa estaria presente, explicou à Lusa a professora e poetisa Odete Semedo, da Universidade Amílcar Cabral.
A ideia, disse, é intercalar na parte lúdica conferências sobre o crioulo, debatendo a sua génese e "o encontro de culturas e de línguas que deu origem" à língua materna da Guiné-Bissau, mas também a parte escrita.
"Porque cada um escreve de sua maneira, porque a grafia não está normalizada, queremos trazer à discussão este aspeto científico", disse Odete Semedo, explicando que houve já no passado uma tentativa de normalização do crioulo mas que se ficou num impasse, com uns a defenderem um crioulo "mais latino" e outros a querer um crioulo mais de acordo com a "escrita fonética africana".
Por isso, explicou, nesta semana a questão será debatida por linguistas, professores de literatura, sociólogos e historiadores, e "vão ser recolhidos subsídios" para depois haver um debate técnico e no final os resultados serão apresentados ao Ministério da Educação.
Guillaume Thieriot, diretor do Centro, explicou também à Lusa que se pretende debater por exemplo o facto de o crioulo não ser ensinado na escola, não no sentido de se contrapor as várias línguas (incluindo as étnicas) faladas na Guiné-Bissau mas "considerando tudo isso como uma riqueza".
Fazer uma semana da crioulidade era para o Centro, frisou, um imperativo, porque se trata de um Centro Cultural binacional (daí chamar-se Franco-Bissau-Guineense), que tem semanas da francofonia, pelo que faz todo o sentido ter uma semana da crioulofonia, uma iniciativa que se pretende repetir a partir de agora.
"Os próprios guineenses desvalorizam o crioulo, mas trata-se de uma língua de produção artística, temos aqui todas as semanas manifestações artísticas em crioulo", disse Guillaume Thieriot, que deixou um convite: "Que esta semana seja uma espécie de criação coletiva, que cada um venha e traga o seu crioulo, um conto, uma história, uma canção, um poema, no seu crioulo."
Além do teatro, do cinema e da música, a semana terá o lançamento de três livros e na sexta-feira o primeiro aniversário do golpe de Estado que derrubou os dirigentes eleitos será assinalado com uma noite de histórias à volta da fogueira, na reprodução de uma tabanca (aldeia) tradicional no Centro Cultural.
Binhang Pongha na nha lingua, que e balanta, computador ta tchomado, catarata, nca sebe, se tem alguem q pode fala algum kusa sobre des nome, na lingua balanta, es, nome li, nha filha que da, es nome de catarata, na lingua balanta,
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