segunda-feira, 5 de agosto de 2013

China vai entregar ajuda alimentar em cereais

Bissau - A China vai entregar cereais à Guiné-Bissau, para ajudar a colmatar as carências nalguns pontos do país, explicaram hoje (segunda-feira), o Primeiro-ministro de transição guineense, Rui Duarte Barros, e o embaixador da China em Bissau, Wang Hua, noticiou à Lusa.

Ambos falaram à agência Lusa no Palácio do Governo, em Bissau, à saída da cerimónia de assinatura do acordo que formaliza o apoio.

Trata-se de "uma ajuda directa, com entrega de cereais", referiu Rui Duarte Barros, mas os detalhes do auxílio ainda estão por definir.

"Pode ser arroz, milho ou outras variedades alimentícias escolhidas segundo decisão do povo" e que serão entregues de seguida, acrescentou o embaixador chinês.

O arroz é o principal alimento dos guineenses, mas os maus resultados da campanha de caju (principal produto de exportação), estão a deixar muitas famílias sem capacidade para comprar o cereal, sobretudo nas zonas rurais.

De acordo com um relatório de Junho do Programa Alimentar Mundial (PAM), e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), este ano o preço médio de um quilo de caju ronda os 112 francos (17 cêntimos), contra 300 francos (45 cêntimos) em 2012. 

No último ano, as populações rurais trocaram um quilo de caju por um quilo de arroz, mas agora são precisos três quilos de caju para um quilo de arroz, refere também o relatório.

A situação fez com que o governo de transição endereçasse um pedido "a toda a comunidade internacional para um apoio de emergência em segurança alimentar" e a China "prontificou-se imediatamente a conceder este apoio", referiu Rui Duarte Barros.

Para o embaixador da China na Guiné-Bissau, Wang Hua, "os dois povos são irmãos, apesar da larga distância" que os separa.

"Vendo a situação crítica alimentícia do povo guineense, o governo da China tomou a decisão de fazer este modesto apoio como demonstração de amizade", acrescentou.

Wang Hua, espera que "o povo guineense possa, através do seu esforço e sacrifício, solucionar para o futuro, de uma vez, o problema alimentício.

"Vamos trabalhar juntos", acrescentou, dizendo que a China está a concretizar "o que um amigo tem que fazer"
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5 comentários :

  1. Domingos Nhama Sipliwo Zakwani Itém BORGOHA kú máss ês?! Itém DANA nomi di terra kú máss?!

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  2. Camaradas, isto não dignifica minimamente um povo! A mensagem do embaixador chinês é clara "espero que o povo guineense possa, através do seu esforço e sacrifício solucionar para o futuro, de uma vez, o problema alimentício". Traduzindo ele disse: tenham vergonha, deixem de ser preguiçosos e vão trabalhar para poderem se sustentar e deixem de ficar pedindo comida aos outros.
    Como é que um governante pode se sentir a vontade ouvindo esta bronca de alguém.

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    1. Irmao, e impossivel um pais como a Guine B. Nao pedir ajuda aos paises desenvolvido.
      Parabens governo, por terem inteligentemente, solicitado ajuda atempadamente.

      O Embaixador Chines nao esta criticando, mas sim prometendo ajuda, em trabalhar juntos para solucionar o problema de carencia alimentar na Guine Bissau. No meu entendimento. E peco-lhe desculpa.

      Um abraco.

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    2. Irmão, imagina uma casa, um chefe de família que não consegue sustentar a sua família e tem que recorrer a outros chefes de família para isso!... Que autonomia e que respeito esse chefe de família vai ter. Um Pais tem que ter a sua autonomia e usar do seu próprio esforço e sacrifício para resolver os seus problemas. É claro que em caso de catástrofes naturais é preciso a solidariedade internacional, mas este não é o caso da Guiné. Nós temos terras, chuva, um povo trabalhador e jamais deveríamos estar pedindo ajuda alimentar a outros povos. A estratégia do governo está errada ao promover a cultura de castanha de caju para exportação bruta e deixar de promover a produção de arroz e outros cereais que representam a base de alimentação do povo. Pedir não dignifica ninguém e este e outros governos não podem estar de parabéns por serem pedintes. Entre países não existe irmão em Cristo, mas sim interesses. Mesmo porque na China também há gente passando necessidades. E as nossas tragédias políticas e militares são da nossa responsabilidade. Sinceramente, como guineense e filho de um agricultor, sinto-me envergonhado ao ver o meu país permanentemente a pedir alimento ao mundo!

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  3. Iêda Silva Os outros países deveriam seguir esse exemplo, pois somos todos irmãos em Cristo Jesus, parabéns à Chima por essa preocupação, que o mundo tenha conhecimento e possa tbm ajudar uns aos outros de um modo geral, quem sabe assim o mundo se torne mais humano!!!

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COMENTÁRIOS
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