Bissau – As forças vivas da Guiné-Bissau se comprometeram a por fim ao historial negro da vida do pais, no âmbito de um encontro promovido pelo Primeiro-ministro de Timor-leste, Xanana Gusmão, no último dia de visita à Bissau.
O compromisso saiu de um encontro de reflexão com todas as forças vivas da nação, nomeadamente com representantes da classe castrense, deputados, governo, líderes religiosos, da juventude, do poder judicial e da sociedade civil.
O compromisso saiu de um encontro de reflexão com todas as forças vivas da nação, nomeadamente com representantes da classe castrense, deputados, governo, líderes religiosos, da juventude, do poder judicial e da sociedade civil.
“Nós, representantes das forças vivas, sociais e políticas da República da Guiné-Bissau, afirmamos aqui publicamente, o nosso compromisso político colectivo para uma mudança radical de atitudes e comportamentos, colocando no centro dos nossos actos como cidadãos, os superiores interesses do povo e da nação guineense”, disse Silvina Semedo Djaló da Plataforma Nacional das Mulheres da Guiné-Bissau quando estava a ler a declaração dos participantes do encontro.
Semedo Djaló declarou que todos reconheceram a urgente necessidade de por fim ao historial negro que desde o ano 1980, tem vindo a desprestigiar a pátria de Amílcar Cabral.
“Todos nós reconhecemos com humildade que traímos os sonhos da independência do país, proclamada à 24 de Setembro de 1973, em Madina de Boé, como consequência da vitória da luta de libertação, alcançada pelas Forças Armadas Revolucionárias do Povo e dirigido pelo PAIGC”, informou.
“Nós reafirmamos a nossa vontade e determinação, de realização de eleições e devendo o processo eleitoral dar início, o mais breve possível”, acrescentou a porta voz dos participantes no encontro.
Ainda sobre as próximas eleições, Djaló disse que os partidos políticos se comprometeram a garantir um processo eleitoral credível, começando pela não interferência no recenseamento eleitoral, assim como respeitar os resultados eleitorais e que todos querem que as eleições sejam livres, justas e transparentes.
Silvina Semedo Djaló ainda referiu que os partidos políticos se comprometeram a colaborar numa Plataforma de Acção Cívica para o estabelecimento de um Estado de Direito Democrático e afirmação da cidadania.
Disse que a Sociedade Civil e as confissões religiosas se comprometem a participar activamente na estabilidade do país.
Adiantou que as Forças Vivas na Nação assumiram também o compromisso de, depois das eleições, cooperar activamente no processo da reforma das Forças de Defesa e Segurança, do sector da justiça e da administração pública.
A porta-voz do grupo afirmou que as Forças Armadas se comprometem a respeitar os resultados das eleições e a formação do governo.
Sublinhou que o governo saído das eleições deve apresentar um roteiro actualizado de reforma nos sectores de defesa e segurança para as suas profissionalizações e acrescentou que cabe as Forças Armadas o direito de exigir ao Estado, sem o uso de força, um plano de médio prazo que dê resposta as suas reivindicações em termos do reconhecimento do papel dos combatentes da liberdade da pátria.
O Primeiro-Ministro do Timor Leste Xanana Gusmão entregou a Declaração conjunta dos participantes do encontro ao representante do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau, para efeitos de fiscalização de seu cumprimento e futuras violações
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