O primeiro-ministro deposto da
Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, não vai ter apoio do seu partido, PAIGC,
para a candidatura à presidência do país, disse hoje à Lusa fonte partidária.
O nome de Carlos Gomes Júnior, atualmente a viver em Cabo
Verde, não passou no crivo do Conselho Nacional de Jurisdição do Partido
Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que estava a apreciar
o pedido de apoio manifestado por 10 figuras do partido.
Fonte do partido disse à Lusa que aquele órgão (uma espécie
de tribunal do PAIGC) entendeu que, por se encontrar fora do país, Gomes
Júnior, derrubado por um golpe militar em abril de 2012, não poderá estar
presente na reunião do Comité Central para apresentação da sua moção de
candidatura à presidência do país.
O Conselho de Jurisdição entendeu que quem pede o apoio do
PAIGC deve apresentar pessoalmente a moção de estratégia perante os 351 membros
do Comité Central, que vão estar reunidos hoje e domingo para a escolha do nome
candidato do partido às presidenciais.
Esta decisão tomada ao nível do Conselho de Jurisdição foi
ratificada na reunião do "bureau" político realizada na sexta-feira,
na presença dos 91 membros que compõem o órgão, adiantou a fonte.
Desde que foi deposto, o ex-primeiro-ministro e também
presidente do PAIGC vivia em Portugal, mas há cinco meses fixou residência na
cidade da Praia, Cabo Verde, de onde enviou, na semana passada, um pedido de
apoio do partido para ser candidato à presidência do país, numa carta entregue
pelo seu advogado.
Com a exclusão de Carlos Gomes Júnior vão ser submetidos à
decisão do Comité Central oito nomes: Aristides Gomes, José Mário Vaz, Mário
Lopes da Rosa, Luís Oliveira Sanca, Francisco Benante, Manecas dos Santos,
Martinho Ndafa Cabi e Mário Cabral.
Escolhido o nome do candidato a apoiar, o PAIGC deve entregar
a documentação exigida por lei no Supremo Tribunal de Justiça na segunda ou na
quarta-feira (data limite), já que na terça é feriado de Carnaval, assinalou
fonte do partido.
Na mesma altura, a par da candidatura à presidência, vão ser
entregues no STJ as listas de candidatos à deputado.
//Lusa //tchogue
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