
Segundo a BBC, a nova lei atinge cerca de um milhão
de funcionários de empresas de tecnologia e consultoria. O governo francês
apurou que em empresas como Google, Facebook e Deloitte muitos empregados
trabalhavam muito mais que as 35 horas semanais que foram aprovadas por
legislação em 1998.
A partir de agora, os franceses terão de desligar os
celulares e outros equipamentos com acesso ao e-mail corporativo para não
olharem ou responderem mensagens de seus superiores. Os empregadores também
deverão evitar de enviar e-mails depois ou antes do expediente. Fora deste
horário, apenas em casos extremos.
Não é a primeira vez que isso ocorre no continente
europeu. Em dezembro de 2011, a Volkswagen anunciou que seus servidores iriam
parar de mandar e-mails 30 minutos após o horário de trabalho do funcionário e
só iria retomar meia hora antes do início no dia seguinte - o que foi bastante
elogiado por parte do ministério do Trabalho alemão.
No Reino Unido, há legislações que impõem
limitações, mas que não cobrem e-mails enviados fora do horário - além de
existir exceções para diversas categorias de trabalho, como médicos. Se uma
legislação para impedir o envio de e-mails entrasse em funcionamento outras
diversas exceções seriam abertas e a fiscalização seria falha - nada impede que
funcionários usem seus e-mails pessoais.
Esse "problema" é basicamente entre os
funcionários de escritórios, como advogados, jornalistas e financistas - que,
em sua maioria, possuem um grau de liberdade e autonomia para gerenciar o
próprio horário. Como muitos desses e-mails só são enviados por conta de
situações excepcionais, essa legislação provavelmente deverá causar prejuízo
para as empresas. Também pode fazer com que alguns executivos tenham que ficar
mais tempo no trabalho - para cobrir eventuais problemas que podem surgir
durante o período em que ficarão indisponíveis.
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