segunda-feira, 28 de abril de 2014

Ramos-Horta deixa o cargo no final de Junho

O Representante de Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, voltou a apelar esta quinta-feira, 24 de Abril, à compreensão por parte dos professores e outros servidores de Estado em relação à situação de greve por falta de pagamento de salários, embora tenha reconhecido que os funcionários públicos no país vivem em más condições de vida.

Falando à margem da cerimónia pública de lançamento da Rede Nacional de Defensores dos Direitos Humanos, o Representante de Ban Ki-moon no país disse que compreende os sofrimentos dos professores e servidores do sector de Saúde, que há meses não recebem os seus ordenados.

«Quem há meses não recebe o seu salário e tem muitas crianças em casa, obviamente tem um ressentimento e aproveita as circunstâncias frágeis do Governo para fazer a exigência, é natural, mas eu preferia que fizessem um sacrifício, deixar passar esta semana tranquilamente porque nós estamos a fazer um esforço junto do Banco Mundial e outros parceiros, incluindo a União Europeia, e fazemos um apelo para que, logo a seguir às eleições haja injecção de algum capital no país para que novo Governo instalado possa fazer o pagamento dos salários», disse Ramos-Horta.

O Representante da ONU em Bissau anunciou que vai deixar o cargo no final de Junho, data previsto para final da missão.

«Um Representante Especial tem que ser alguém que, além de grande político seja um grande burocrata. Sobretudo tem que ter um grande coração, entender o povo, saber trabalhar com o Governo e outros para ajudar o povo guineense», adiantou.

Nomeado a 1 de Janeiro de 2013, o antigo Presidente Timor-Leste e Nobel da Paz chegou ao país a 13 de Fevereiro, substituindo o Ruandês Joseph Mutaboba.

//PNN

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