segunda-feira, 21 de abril de 2014

OPINIÃO: JOÃO PEDRO MARTINS E ANA GOMES NA INTRIGA DESPROVIDO DE CORROBORAÇÃO, E JUÍZO IMPROVIDO DE JUSTIÇA.

O mesmo objectivo que JOÃO PEDRO MARTINS E ANA GOMES Estão a Fazer, ouvir  aqui »»

João Pedro Martins, jornalista da Rádio Difusão Português para África, num dos seus programas radiofônicas, que emite no período de manhã, nessa mesma instituição emissora, fez uma adaptação de texto de Ferreira de Castro. Donde o remeteu pessoalmente ao Chefe do Estado Maior das Forças Armadas (CEMFA) da Guiné-Bissau, Antônio Indjai.

Nessa mensagem, que aparenta autenticamente uma sentença de condenação, consignada pelo Joao Pedro Martins, contra o CEMFA da Guiné-Bissau, cheia de acusações francamente improvidas de alguma ocorrência para corroborá-la.

Antes, foi a eurodeputada, Ana Gomes, em acusar a CEDEAO de patrocinador de golpe do Estado de 12 de Abril 2012, na Guiné-Bissau. Ao proposito, pergunto:
Qual foi a posição da eurodeputada e do jornalista, quando a liberdade e os direitos dos guineenses estavam sendo violados com perseguições, intimidações, torturas e assassinatos, antes de 12 de Abril de 2012?

Hoje, com ânimos bastante exaltados, estão querendo comemorar a retoma da normalidade constitucional na Guiné-Bissau, entretanto, sem apoio da CEDEAO, ou melhor, se a CEDEAO tomasse a mesma posição que pretendiam, para ilibar da vossa acusação de ser patrocinador do golpe. Não teriam motivos de comemoração?

Meus caros, jornalista e deputada, graças à DEUS, pelos visto, percebe-se que o povo guineense, na sua grande maioria ou no geral, não sente mínimo regozijo e orgulho com a situação em se encontra o seu pais “no mama Guiné”. Facto comprovado recentemente, no dia 13 do corrente, quando foram chamados às urnas para exercerem os seus direitos cívicos, à propósito das eleições gerais. Apesar de tantas circunstâncias que jogaram para insucesso desse processo, porém, o povo guineense, com espirito de luta, e ainda, incrementado pela sua imensa avidez de unidade, testemunharam ao mundo a sua afirmação de um povo unido e lutador para conquista da sua independência e soberania. Eu sei que esse facto, sempre incomoda os portugueses fascistas e colonialistas, que nem o senhor jornalista e a senhora deputada estão querendo parecer.

Entretanto, saibam que, essa grande determinação do povo guineense, pela sua liberdade e autonomia, deve-se porque, como cantou uns dos nossos músicos, Iva e Ichi, “ i no balur DEUS ku danu el, nin no ka mansirkal nan” ( é a nossa serventia dado por DEUS, sem têrmo-lo pedido). Aliás, os guineenses são dignos das suas liberdades e autonomias, pois, é um privilégio venerável de todo ser humano. Pelo que, sempre os guineenses estarão dispostos a preservá-las.

Senhor jornalista, está incriminando que o CEMFA pisou sobre outras camaradas, para se ascender à esse posto, e, outras acusações insinuadoras de ódios e conflitos, desprovidas de nenhuma prova vidente, senão a pretensão de caluniar e difamar.
Também, é patente na sua mensagem, o intento de descreditar os sacrifícios heroicos dos nossos bravos combatentes, e a tenção de subestimar os feitos de alguns combatentes, quando afirmou que o povo guineense já se esqueceu dos sacrifícios de heroísmo do CEMFA e outros combatentes, durante a luta de libertação.

Meu caro, nós, todos guineenses, estamos eternamente gratos pelos nossos combatentes da liberdade da pátria, pelos seus sacrifícios pela liberdade do nosso povo, sem descriminação de qualquer que seja contributo de cada um. Portanto, desista-se da intenção de os classificarem de forma indiscriminada.

Caro jornalista, no preciso momento, o povo guineense, indispensavelmente, espera e conta com apoios dos seus amigos, no sentido de consolidar mais a sua coesão e a sua afirmação na senda internacional, mas não as vozes que evocam fogo ou temporal para destruir a sua morança.

Não se imiscua nos problemas internas de um pais por acaso, sem se inteirar melhor da real situação, ou não intente impor a sua posição de política colonialista e fascista.
“Bo tem pasensa, si bo kana djuda kumpu, kabo dananu bambaran” (se não estão a fim de ajudar em construir, não nos estraguem a família, se faz favor)!

Acha que, ainda a Guiné-Bissau é a Província Ultramarina Portuguesa?

Sei que ainda padece gravemente, das dores de cotovelo, os portugueses fascistas e colonialistas, pela derrota e humilhação sofrida na perda de Província Ultramarina de Guiné.

Ah, que dó! Pois, jamais a República da Guiné-Bissau tornará Província Ultramarina Portuguesa. Posto isso, é melhor desavezar dos anseios de ver permanentemente a Guiné-Bissau como colônia ou sob rédeas de Portugal.

Viva liberdade!
Viva independência!
Viva Guiné-Bissau!
Viva Unidade Nacional!

Un dia no kabas na sabi, nona kume toku no limbi mon.

Nataniel Sanhá (Velho Nael)

Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.

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