O mesmo objectivo que JOÃO PEDRO MARTINS E ANA GOMES Estão a Fazer, ouvir aqui »»
João Pedro Martins, jornalista da Rádio Difusão
Português para África, num dos seus programas radiofônicas, que emite no
período de manhã, nessa mesma instituição emissora, fez uma adaptação de texto de Ferreira de Castro. Donde o remeteu pessoalmente ao Chefe do Estado Maior
das Forças Armadas (CEMFA) da Guiné-Bissau, Antônio Indjai.
Nessa mensagem, que aparenta autenticamente uma
sentença de condenação, consignada pelo Joao Pedro Martins, contra o CEMFA da
Guiné-Bissau, cheia de acusações francamente improvidas de alguma ocorrência
para corroborá-la.
Antes, foi a eurodeputada, Ana Gomes, em acusar a
CEDEAO de patrocinador de golpe do Estado de 12 de Abril 2012, na Guiné-Bissau.
Ao proposito, pergunto:
Qual foi a posição da eurodeputada e do jornalista,
quando a liberdade e os direitos dos guineenses estavam sendo violados com
perseguições, intimidações, torturas e assassinatos, antes de 12 de Abril de
2012?
Hoje, com ânimos bastante exaltados, estão querendo
comemorar a retoma da normalidade constitucional na Guiné-Bissau, entretanto,
sem apoio da CEDEAO, ou melhor, se a CEDEAO tomasse a mesma posição que
pretendiam, para ilibar da vossa acusação de ser patrocinador do golpe. Não
teriam motivos de comemoração?
Meus caros, jornalista e deputada, graças à DEUS,
pelos visto, percebe-se que o povo guineense, na sua grande maioria ou no
geral, não sente mínimo regozijo e orgulho com a situação em se encontra o seu
pais “no mama Guiné”. Facto comprovado recentemente, no dia 13 do corrente,
quando foram chamados às urnas para exercerem os seus direitos cívicos, à propósito
das eleições gerais. Apesar de tantas circunstâncias que jogaram para insucesso
desse processo, porém, o povo guineense, com espirito de luta, e ainda,
incrementado pela sua imensa avidez de unidade, testemunharam ao mundo a sua
afirmação de um povo unido e lutador para conquista da sua independência e
soberania. Eu sei que esse facto, sempre incomoda os portugueses fascistas e
colonialistas, que nem o senhor jornalista e a senhora deputada estão querendo
parecer.
Entretanto, saibam que, essa grande determinação do
povo guineense, pela sua liberdade e autonomia, deve-se porque, como cantou uns
dos nossos músicos, Iva e Ichi, “ i no balur DEUS ku danu el, nin no ka
mansirkal nan” ( é a nossa serventia dado por DEUS, sem têrmo-lo pedido).
Aliás, os guineenses são dignos das suas liberdades e autonomias, pois, é um
privilégio venerável de todo ser humano. Pelo que, sempre os guineenses estarão
dispostos a preservá-las.
Senhor jornalista, está incriminando que o CEMFA
pisou sobre outras camaradas, para se ascender à esse posto, e, outras
acusações insinuadoras de ódios e conflitos, desprovidas de nenhuma prova
vidente, senão a pretensão de caluniar e difamar.
Também, é patente na sua mensagem, o intento de
descreditar os sacrifícios heroicos dos nossos bravos combatentes, e a tenção
de subestimar os feitos de alguns combatentes, quando afirmou que o povo
guineense já se esqueceu dos sacrifícios de heroísmo do CEMFA e outros
combatentes, durante a luta de libertação.
Meu caro, nós, todos guineenses, estamos eternamente
gratos pelos nossos combatentes da liberdade da pátria, pelos seus sacrifícios
pela liberdade do nosso povo, sem descriminação de qualquer que seja contributo
de cada um. Portanto, desista-se da intenção de os classificarem de forma
indiscriminada.
Caro jornalista, no preciso momento, o povo
guineense, indispensavelmente, espera e conta com apoios dos seus amigos, no
sentido de consolidar mais a sua coesão e a sua afirmação na senda
internacional, mas não as vozes que evocam fogo ou temporal para destruir a sua
morança.
Não se imiscua nos problemas internas de um pais por
acaso, sem se inteirar melhor da real situação, ou não intente impor a sua
posição de política colonialista e fascista.
“Bo tem pasensa, si bo kana djuda kumpu, kabo dananu
bambaran” (se não estão a fim de ajudar em construir, não nos estraguem a
família, se faz favor)!
Acha que, ainda a Guiné-Bissau é a Província
Ultramarina Portuguesa?
Sei que ainda padece gravemente, das dores de
cotovelo, os portugueses fascistas e colonialistas, pela derrota e humilhação
sofrida na perda de Província Ultramarina de Guiné.
Ah, que dó! Pois, jamais a República da Guiné-Bissau
tornará Província Ultramarina Portuguesa. Posto isso, é melhor desavezar dos
anseios de ver permanentemente a Guiné-Bissau como colônia ou sob rédeas de
Portugal.
Viva liberdade!
Viva independência!
Viva Guiné-Bissau!
Viva Unidade Nacional!
Un dia no kabas na sabi, nona kume toku no limbi
mon.
Nataniel Sanhá (Velho Nael)
Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a
IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.
Sem comentários :
Enviar um comentário
COMENTÁRIOS
Atenção: este é um espaço público e moderado. Não forneça os seus dados pessoais (como telefone ou morada) nem utilize linguagem imprópria.