O presidente da Comissão
Europeia felicitou hoje o novo Presidente da Guiné-Bissau, afirmando que as
eleições presidenciais do passado domingo "representam um importante ponto
de viragem para o futuro" do país, mas advertindo que são apenas "um
primeiro passo".
Numa mensagem de "calorosas felicitações e sinceros votos de
sucesso" dirigida a José Mário Vaz, e à qual a Lusa teve acesso, José
Manuel Durão Barroso salientou a importância do ato eleitoral, apontando que
foi por esse motivo que "a União Europeia não poupou esforços no sentido de
apoiar financeiramente a realização das eleições e ao enviar uma missão de
observação durante as duas voltas do escrutínio".
"Era fundamental que o processo eleitoral fosse livre, pacífico e
justo. A Comissão Europeia congratula-se de que tal tenha sido o caso. Faço por
isso votos para que esta eleição constitua um primeiro passo em direção à
estabilidade política e para que todos os guineenses se empenhem em contribuir
de forma construtiva para esse processo", afirmou.
O presidente do executivo comunitário reforçou na missiva a ideia de que
"a democracia começa nas eleições, mas não acaba no dia seguinte",
pois "tem de ser conquistada todos os dias através da boa governança e da
resposta às preocupações das pessoas".
Apontando que "os desafios políticos e socioeconómicos que se
apresentam ao país são consideráveis", Durão Barroso diz não ter dúvidas
de que o Presidente eleito "se empenhará em tomar, de forma inclusiva e em
diálogo com todas as forças políticas, as importantes decisões que se impõem,
tanto a nível económico e financeiro, como nos domínios cruciais da reforma do
sector de defesa e segurança e da luta contra a impunidade".
"O reforço das instituições democráticas, a consolidação do Estado de
Direito e a reconciliação da sociedade guineense são essenciais para uma
estabilidade duradoura e para o desenvolvimento do país", sublinhou.
A concluir, Durão Barroso reafirmou que "a Comissão Europeia continua
firmemente empenhada em ajudar a Guiné-Bissau e mobilizará o mais depressa
possível os seus meios, em colaboração com a União Africana, a CEDEAO, a CPLP
(Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e as Nações Unidas, bem como com
outros parceiros internacionais para apoiar os esforços do povo guineense em
reforçar, reconciliar e desenvolver o país".
Na segunda volta das eleições presidenciais guineense de domingo, José
Mário Vaz derrotou Nuno Nabian, candidato independente.
Segundo os resultados provisórios, José Mário Vaz recebeu 61,9% dos votos,
contra 38,1% de Nuno Nabian, que, na quinta-feira, anunciou a decisão de
aceitar os resultados.
As eleições na Guiné-Bissau marcam o fim do período de transição que se
seguiu ao golpe de Estado de abril de 2012.
//Lusa
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