O
resto da dívida, 3,5 bilhões de dólares, deverá ser reembolsado ao longo dos 10
próximos anos, com pagamentos a cada seis meses.
O
acordo prevê o cancelamento de 31,7 bilhões de dólares de dívida
O
presidente russo, Vladimir Putin, de visita oficial nesta sexta-feira (11/7) em
Cuba, promulgou antes de viajar o acordo que anula 90% da dívida da ilha com a
extinta União Soviética, anunciou o Kremlin.
O
acordo, concluído por Moscou e Havana em 2013 e aprovado na semana passada pela
câmara baixa do Parlamento russo, foi assinado na quinta-feira pelo chefe de
Estado russo, ficando definitivamente ratificado e entrando em vigor, informou
o Kremlin em um comunicado.
O
acordo prevê o cancelamento de 31,7 bilhões de dólares de dívida cubana, 90% do
total que a ilha comunista acumulava com a União Soviética, seu grande sócio
econômico e apoio diplomático nos anos da Guerra Fria. O resto da dívida, 3,5
bilhões de dólares, deverá ser reembolsado ao longo dos 10 próximos anos, com
pagamentos a cada seis meses.
O
dinheiro será reinvestido em Cuba, que em junho colocou em vigor uma nova Lei
de Investimento Estrangeiro com a esperança de atrair capitais para
potencializar sua economia, que não decola, apesar das reformas do governo de
Raúl Castro.
Putin
se reunirá nesta sexta-feira em Havana com Raúl e Fidel Castro, e falará das
relações comerciais. Acredita-se que assinará contratos no âmbito da energia.
Segundo
o Kremlin, os grupos petrolíferos russos Rosneft e Zaroubezhneft entrarão na exploração
e extração de hidrocarbonetos com a empresa pública cubana Cupet. Também se
espera que o grupo russo de energia elétrica Inter RAO participe da
modernização de duas centrais térmicas.
Rússia
e Cuba querem construir junto um importante centro de transportes perto de
Havana, que inclui um aeroporto em San Antonio de los Baños, 30 km a oeste da
capital cubana.
No
âmbito da aviação civil, Moscou espera fechar a venda de aeronaves de longo
percurso Iliushin 96-300, aviões Antonov 148 e helicópteros Mi-171. Cuba e
Rússia estreitam os laços desde 2005 após um distanciamento com a desintegração
da União Soviética, em 1991.
//correiobraziliense.com.br
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