Por, Fernando Casimiro (Didinho)
Estimado
compatriota, Dr. José Mário Vaz, escolhido pela maioria do nosso povo, entre os
cidadãos eleitores, para exercer o cargo de Presidente da República da
Guiné-Bissau, por conseguinte, para ser o Presidente de todos os guineenses.
Esta minha carta
aberta não tem como propósito avaliar o seu curto período no exercício do seu mandato
de cinco anos, até porque, tenho feito pontualmente reparos, na qualidade de
cidadão guineense com direitos e deveres de cidadania, sobre o que, no meu
entender, não se enquadra numa estratégia sustentável e positivista quer para a
Guiné-Bissau, em particular, quer para os guineenses em geral, a propósito de
alguns dos seus posicionamentos e algumas das suas decisões, ainda que,
assentes numa legitimidade conferida pelo povo eleitor e na qualidade de Chefe
do Estado, legitimidade essa que, importa dizê-lo, também se rege pela Carta
Magna da Nação, ou seja, a CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU!
A razão desta
minha carta aberta prende-se, porém, com as suas afirmações recentes aquando da
tomada de posse do novo Procurador-Geral da República, afirmações que, pela
gravidade das acusações indirectas, por conseguinte, vazias, ou seja, que não
preenchem requisitos para nenhuma actuação do Ministério Público, porquanto, o
Sr. Presidente não ter referenciado nomes, facto que, ainda assim, levanta suspeições
a toda uma classe, quando nem todos, dessa classe, devem ser conotados com a
CORRUPÇÃO e, muito menos, ser apelidados de CORRUPTOS...
Lamento imenso
ser eu a escrever esta carta aberta, quando toda uma classe publicamente
acusada e humilhada se refugia num silêncio ensurdecedor, como que, a dar razão
ao Presidente da República pelas graves e vazias acusações que proferiu.
O que me leva a
escrever esta carta aberta, Sr. Presidente Dr. José Mário Vaz é a necessidade
de um esclarecimento público que se exige da sua parte, perante várias
acusações estampadas num espaço virtual, ainda no tempo que o Sr. Dr. José
Mário Vaz era Ministro das Finanças.
Se de facto o
Sr. Presidente da República se sente com moral para acusar outros de serem
CORRUPTOS, de ostentarem sinais de riqueza incompatíveis com os seus ordenados,
etc., etc., também assiste ao Sr. Presidente da República, em nome da Verdade,
da Transparência e do Respeito pelo povo que o elegeu, esclarecer, limpar seu
nome, relativamente ao que, consta, de práticas de CORRUPÇÃO e DESVIOS de
dinheiros públicos em benefício próprio.
Para além da
recolha compilada e aqui apresentada, todos ficamos a saber, através de um
processo instaurado pelo próprio Ministério Público guineense, antes da
apresentação da sua candidatura presidencial, do seu alegado envolvimento no
desvio de fundos angolanos destinados à Guiné-Bissau, no valor de doze milhões
de dólares.
Como deve
imaginar, Sr. Presidente da República, qualquer um pode acusar qualquer outro,
de forma gratuita.
Como certamente
sabe, acusar deve ser um acto de responsabilidade, porquanto, sujeito à
responsabilização, num verdadeiro Estado de Direito.
Posto isto,
creio que, por tudo quanto é suspeito de participação, em forma de CORRUPÇÃO e
DESVIO DE FUNDOS, é chegada a hora de o Sr. Presidente, Dr. José Mário Vaz
esclarecer a opinião pública, em suma, ao povo guineense, se, de facto tudo não
passa, não passou, de perseguição e cabala política; ou se, na verdade, tem
tudo o que se diz que tem, mas que conseguiu tudo isso com ordenados ganhos num
outro país que não a Guiné-Bissau, ainda que estivesse a exercer o(s) cargo(s)
na Guiné-Bissau...
Ou pelo "perdão"
e "reconciliação" na sua óptica, Sr. Presidente, o perdão
inquestionável é o auto-conferido ao Presidente da República, por ele
próprio...?
Podemos
considerar verdadeiras as diversas acusações/insinuações publicadas no espaço
virtual fonte de recolha da nossa pesquisa, já que, nenhum desmentido, nenhuma
acção de responsabilização partiu do Sr. Presidente da República, ou do então
Ministro das Finanças...?!
Podemos dizer
que, quem cala consente, Sr. Presidente da República?
Ou vamos todos
continuar a dizer que o passado é para esquecer e que o perdão garante a
reconciliação... Tudo isso, em função dos interesses de uns e contra os
interesses da maioria?!Li aqui»»
Muito obrigado.
Nota: Os
artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a IBD,
necessariamente, às opiniões neles expressas.
Eu sou uma vítima de Polícia Comissária Guiné Bissau por Armando Nhaga Sou um marfinense que comprar castanha de caju vêm sendo bloqueado pendand 10 dias e tirei meu passaporte e meu dinheiro confiscado novamente peço autoridade para rever a polícia nível de autoridade e, especialmente, o Comissário de a polícia e sua equipe
ResponderEliminar