O governo da Guiné Bissau pretende avançar
"proximamente" com a criação de uma companhia aérea local. O
secretário de Estados dos Transportes e Comunicações da Guiné Bissau disse esta
manhã em Lisboa que já foram dados os primeiros "passos nesse sentido,
nesta fase com a euroAtlantic", que a partir de 14 de Novembro irá
assegurar uma ligação semanal entre Lisboa e Bissau. João Bernardo Vieira diz
que o executivo guineense irá "procurar diversos parceiros nesse sentido".
A falta de voos entre a Guiné Bissau e Portugal será
assim colmatada pela portuguesa euroAtlantic que ontem recebeu autorização do
Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC) para efectuar ligações entre os dois
países.
"Nos últimos dois meses trabalhamos no sentido
de encontrar soluções para colmatar as deficiências de ligações aéreas e o
contrato de fretamento entre o Governo e a euroAtlantic é a melhor
solução", disse João Bernardo Vieira. A ligação entre Lisboa e Bissau da
euroAtlantic poderá no futuro ser alargada "para dois ou três voos
semanas, consoante o comportamento da procura", diz João Bernardo Vieira.
Relativamente à TAP, que em Dezembro do ano passado
cancelou a ligação regular entre os dois países, o secretário de Estado dos
Transportes da Guiné Bissau diz não ter sido contactado pela companhia aérea
portuguesa. "A secretaria de Estado não foi notificada oficial, o estado
da Guiné Bissau não tem nenhum acordo com a TAP, tem com o Estado português e a
TAP surge como instrumento desse acordo".
A companhia anunciou em meados desde mês que irá
cancelar, por um período mínimo de 45 , o reinício das operações para a Guiné-Bissau,
alegando questões operacionais para cancelar os voos que estiveram
originalmente programados para 28 de Outubro.
"Neste momento o Governo assumiu as condições
para que haja segurança e para que a TAP possa aterrar e levantar voo em
segurança", diz João Bernardo Vieira.
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