A ministra da Defesa, Cadi Seidi, afirmou ter fé que
os militares do país "nunca mais" se vão deixar envolver por
políticos em situações que possam criar instabilidade.
A governante defendeu esta convicção no seu discurso
de abertura de uma conferência sobre o passado, presente e o futuro das Forças
Armadas guineenses, promovida pelo Instituto Nacional de Defesa, no âmbito do
50.º aniversário da instituição que se assinala no dia 16.
"Tenho fé que as Forças Armadas da
Guiné-Bissau, daqui para frente, não se deixaram ser envolvidos por políticos para
trair o juramento que fizeram em servir a Pátria com a própria vida se for
necessário. Nunca mais serão envolvidos na instabilidade", afirmou Cadi
Seidi.
A ministra da Defesa guineense disse ser um dever de
todos os guineenses "render uma justa homenagem" àqueles que
participaram na luta armada pela independência do país e enfatizou igualmente a
importância da reforma do setor militar como condição para consolidação da
estabilidade.
"A reforma do setor de defesa e segurança é um
dos pilares importantes na governação do país, mas também é uma
responsabilidade de todos os guineenses. Participar nela é uma forma de
contribuir para paz e estabilidade" na Guiné-Bissau, observou Cadi Seidi.
A reforma do setor de defesa e segurança "é indispensável" para o futuro
do país, mas o processo não deve ser deixado apenas com os militares, sublinhou
a ministra da Defesa guineense.
A ministra destacou que a Guiné-Bissau não pode ser
vista como "um monopólio" de um partido, uma religião ou uma etnia.
Todos devem dar a sua contribuição para preservar a paz e fazer com que o país
"saía do poço em que se encontra" para se reencontrar com os demais
países do mundo, disse Cadi Seidi.
A conferência decorre entre hoje e quinta-feira e a
sua abertura contou com presença de militares guineenses, académicos e alguns
elementos do corpo diplomático acreditado no país.
//rj
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