Lisboa e Bissau estão "a entrar numa nova fase
no relacionamento bilateral, com a retoma de programas de cooperação
institucional"
Portugal vai preparar um programa estratégico de
cooperação com a Guiné-Bissau para três ou quatro anos, pretendendo responder
aos "objectivos e prioridades de médio-longo prazo" do Governo
guineense, anunciou hoje no parlamento o ministro dos Negócios Estrangeiros.
"No início de 2015 estaremos em condições de
preparar um programa estratégico de cooperação com um horizonte temporal de
três ou quatro anos, em resposta aos objectivos e prioridades de médio-longo
prazo do Governo da Guiné-Bissau", afirmou o ministro Rui Machete, durante
a audição conjunta das comissões parlamentares de Negócios Estrangeiros e de Finanças,
a propósito da proposta do Governo sobre o Orçamento do Estado para o próximo
ano.
Lisboa e Bissau estão "a entrar numa nova fase
no relacionamento bilateral, com a retoma de programas de cooperação
institucional", disse, recordando que na semana passada os dois governos
assinaram um plano de acção para os próximos oito meses, no valor de 6.825.000
euros.
Desta forma, referiu o ministro, Portugal
"colabora activamente na elaboração e concretização da rota que foi
traçada para a recuperação da Guiné-Bissau", nomeadamente nas áreas da
governação, Estado de Direito e direitos humanos.
Machete considerou que, com a realização de eleições
presidenciais e legislativas, a Guiné-Bissau conheceu "uma reviravolta
importante", após dois anos de governo de transição na sequência do golpe
de Estado militar de 2012.
"Todos os países da Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa [CPLP] querem veementemente que a Guiné-Bissau esteja hoje
legitimada do ponto de vista democrático, como já se encontra hoje, e que volte
ao desenvolvimento económico necessário para que o seu povo tenha condições de
vida aceitáveis".
Questionado pela deputada Paula Gonçalves (PSD)
sobre o combate ao vírus do Ébola, Rui Machete salientou que nos países
africanos de língua portuguesa da região atingida pela epidemia - São Tomé e
Príncipe, Cabo Verde e Guiné-Bissau - "não houve ainda casos e afigura-se
possível que venham a ser poupados".
"Estamos a estabelecer um plano concreto de
acções meramente preventivas", mencionou, acrescentando que "há um
esforço grande que se traduz numa afectação de verbas para a eventualidade de
uma intervenção, no caso de alguém que esteja infectado pela doença possa ter o
tratamento adequado", com atenção particular para o pessoal médico.
//Jornal i
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