O Ministro da Presidência do Conselho de Ministros,
Baciro Djá, admitiu terça-feira, na Assembleia Nacional Popular (ANP), que o
ministro das finanças, Geraldo Martins poderá ter cometido um “deslize” na
resposta às preocupações dos deputados aquando da apresentação do Orçamento
Geral do Estado/2014.
Baciro Djá näo indicou em que especto o ministro das
finanças terá cometido um gafe, mas acredita-se que esteja a referir-se a uma
alegada promessa de aumento dos subsídios dos deputados feita pelo ministro das
finanças na altura de discussão do Orçamento Geral do Estado, no parlamento.
“ Estar
perante o parlamento é necessário, muita das vezes estar habituado ao ambiente
deste hemiciclo, por isso, em nome do governo pedimos desculpas”, referiu.
Um desentendimento se instalou entre o governo e o
parlamento por causa das remunerações dos deputados, tendo o Bureau Politico do
PAIGC , partido no poder agendado uma reunião para analisar o assunto, mas a
reunião acabou por ser adiada.
“Não é por má-fé que, talvez, este mal-entendido
tenha acontecido”, disse Baciro Djá que acrescentou que o chefe de governo está
disponível e determinado a criar condições para uma relação fraterna, solidaria
e responsável entre o executivo e o parlamento.
Baciro Djá , afirmou que o governo herdou uma
situação económica e financeira difícil que exige do governo uma contenção
enorme nas despesas.
“ Nas finanças, só se pode dar quando tem e quando
não tem, efectivamente, não se pode dar”, esclareceu.
O governante guineense sustentou que já foi aprovado
um orçamento com um défice de quase 40 por cento cuja cobertura depende de
apoios de parceiros da Guiné-Bissau.
Uma proposta de OGE para o próximo ano devera ser
discutida e aprovada pelo parlamento ainda este mês.
Antes de sua aprovação o parlamento aprova primeiro
o seu orçamento de funcionamento que integra todas as remunerações dos
deputados.
Não há deslize nenhum do \ministro das Finanças. Esta questão de aumento do salário dos deputados não cabe no atual contexto e nunca, jamais deveria ser colocada. O deslize é das pessoas que, em vez de pensarem na situação do País, pensam na própria barriga e saem pressionando o ministro, pedindo aumento.
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