terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O plano estratégico para o relançamento e modernização da produção das Forças Armadas, já em 2015

O plano estratégico para o relançamento e modernização da produção das Forças Armadas, é o “milagre” que se espera venha a reduzir drasticamente os problemas dos militares, em termos de alimentação.
  
O responsável para a Modernização e Produção das FARP é quem o afirma, tendo acrescentado tratar-se de um projecto estruturante que engloba os Ministérios da Defesa e da Administração Interna, e avaliado em 57 milhões de Dólares americanos, que deverão ser mobilizados através da Mesa Redonda do próximo ano.

Manuel da Costa falava este fim-de-semana no final de uma visita guiada com os parceiros da Divisão de Produção do Estado Maior General das FARP que se associaram a este empreendimento nas localidades de Salato, região de Oio, Nhacoba e Fã-Mandinga, na de Bafata, Bidinga Na Nhassé, em Gabu, e Ilondé, na região de Biombo. 

 “O plano estratégico para o relançamento e modernização da produção das Forças Armadas cujo início está previsto para 2015 e com duração de quatro anos, prevê a criação de uma fábrica de açúcar em Salato, orçado em 35 milhões de dólares, a produção de arroz, raízes e tubérculos, além de criação de pequenas unidades de transformação e sistema de irrigação nos restantes campos”, especificou, sendo ladeado pelo Brigadeiro General, Lassana Ndami.

Segundo da Costa e como sinal de sua vontade politica em relação a esta iniciativa, o governo vai desbloquear, de imediato, 43 milhões de Francos CFA para financiar as atividades iniciais deste projeto, nomeadamente a formação de antigos combatentes no domínio de horticultura, criação de caprinos, abertura de campos de cultivo e recuperação de casas destruídas pelo mau tempo, em Fã-Mandinga.

Será o centro de produção das FARP, ou seja, nele será criada a chamada escola-fazenda para formação dos que pretendam investir na agricultura”, frisou Manuel da Costa que diz que este projeto ira estender-se aos reformados do sector da Defesa e Segurança e civis.

A recuperação da horta de bananas e das residências dos militares no campo Agroindustrial de Salato, a reconstrução das casas dos elementos ligados ao departamento de Modernização e Produção em Bidinga Na Nhassé deverão ser as primeiras atividades do plano estratégico para o relançamento e modernização da produção das Forças Armadas.

No campo avi-suíno de Ilonde as forças armadas perspetivam a criação de animais tais como galinhas, porcos, coelhos e nele será instalado um matadouro para abate das aves para o consumo nas diferentes unidades. No mesmo campo proceder-se-á a produção de rações para os animais.

O balanço da visita é positivo”, qualificou o responsável que acrescentou que ao longo da mesma os parceiros tiveram a oportunidade de constar as potencialidades dos campos percorridos, suas dificuldades e esboçar as formas de as ultrapassar.

A Associação das Mulheres de Atividade Econômica (AMAE), Associação Nacional dos Agricultores (ANAG), e a Câmara de Comércio, Industria, Agricultura e Serviços (CCIAS), e os representantes do Ministério da Agricultura e da Secretaria de Estado do Plano, são as instituições que se associaram à este empreendimento dos militares.

Com o Ministério da Agricultura existe um convénio de cooperação técnico em que se pede a assistência técnica do mesmo as produções das FARP”, salientou.


No futuro, segundo o responsável para a Modernização e Produção das FARP, um convénio vai ser igualmente estabelecido com os Ministérios das Infraestruturas e da Energia e Industria para ajudarem na melhoria de vias de escoamento dos produtos e no abastecimento de energia elétrica às unidades industriais, por exemplo, na produção de cana-de-açúcar.

Instado a opinar sobre o que viu e o que pensa recomendar, Corca Djalo, Secretario Executivo da ANAG, manifestou-se satisfeito com a visita e considerou que demonstra o engajamento de “todos os guineenses” no desenvolvimento socioeconómico do país.


Apelou aos parceiros a financiarem este projeto das FARP e elogiou a “boa vontade do executivo”.

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