quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Fornecimento de energia em Bissau está no melhor período dos últimos 15 anos

Ter energia elétrica em casa e em algumas avenidas de Bissau passou a ser um facto normal e motivo de comentários nas ruas

O fornecimento de energia elétrica na capital da Guiné-Bissau atravessa o melhor período dos últimos 15 anos, disse hoje o diretor técnico da Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB).

Até meados do último ano, Bissau era uma capital que chegava a passar meses a fio às escuras, mas depois das eleições de 2014 e de empossadas novas autoridades, chega a ter energia elétrica da EAGB durante 24 horas de forma ininterrupta.

Alberto da Silva, diretor técnico da EAGB disse que a empresa está a passar pelo «melhor período dos últimos 15 anos» e está em condições de garantir essa performance «pelo menos nos próximos três meses», uma vez que tem uma potência instalada de cerca de 17 megawatt (MW) de energia.

Os geradores da EAGB conseguem garantir sete MW e os restantes, alugados desde dezembro à multinacional Aggreko, estão neste momento a fornecer cinco MW, mas vão permitir injetar na rede 10 MW, explicou Alberto da Silva.

Ter energia elétrica em casa e em algumas avenidas de Bissau passou a ser um facto normal e motivo de comentários nas ruas.

Agora é também recorrente encontrar funcionários da EAGB empoleirados nos postos de energia, dando manutenção a cabos ou substituindo as lâmpadas que deixaram de funcionar há muito tempo.

A direção da empresa mostra-se satisfeita e diz ter novas metas para os próximos meses: fornecer uma corrente cada vez mais fiável, «sem oscilações», dar energia a todos os bairros da capital e periferia e ainda colocar iluminação pública em toda a zona urbanizada de Bissau.

Cumprir essas metas é um objetivo traçado pelo ministro da Energia e Indústria, Florentino Pereira, observou o diretor técnico da EAGB.

Com as melhorias já verificadas, algumas embaixadas e serviços das Nações Unidas, que se tinham desligado da rede, estão a regressar, destacou Alberto da Silva.

O regresso de clientes como «as embaixadas e o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) à nossa corrente é sinal de confiança», sublinhou o diretor técnico da EAGB.

Agora, aquele responsável aponta entre as novas preocupações da empresa, a necessidade de adquirir novos transformadores de energia para os bairros, devido ao aumento da procura.

A empresa procura também mais meios para renovação da rede que se encontra obsoleta e sem capacidade de resposta em certos casos, notou Alberto da Silva.


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