O Governo da Guiné-Bissau defendeu a
necessidade de tipificar o crime através dos recursos informáticos, citando
como exemplo a «difamação através de blogues ou redes sociais», no caso de se
revelarem acusações infundadas contra uma pessoa, contribuído para corrigir
alguns excessos em relação a esta matéria, como se tem vindo a verificar nos
últimos tempos.
«Torna-se necessário tipificar crimes
fazendo uso de recursos informáticos, como por exemplo o de difamação através
de blogues ou redes sociais», disse a ministra da Justiça guineense, Carmelita
Pires.
Em declarações à Portuguese News Network
durante a sua mensagem por ocasião da abertura do ano judicial, Carmelita Pires
pediu ao Ministério Público para assumir neste sentido um papel pró-activo
coadjuvado pela figura do promotor, para que os crimes públicos ou simples
suspeitas sobre crimes supostamente cometidos por titulares de cargos
políticos, quando publicamente denunciados, sejam exaustivamente indiciados,
investigados e processados até ao seu cabal esclarecimento.
«A Constituição da República reconhece a
independência do poder judicial, no qual entendo que também reconhece o direito
à justiça para todos os cidadãos, independentemente das suas possibilidades
económicas», referiu.
Neste sentido, a responsável pela pasta
da Justiça guineense disse que o principal desafio é o estabelecimento de uma
plataforma orgânica sectorial, que permita obter resultados palpáveis e de
forma rápida.
«Cada um deve desempenhar o seu papel em
benefício do valor supremo que representa a Justiça, que deve ser administrada
em nome do povo», apelou Carmelita Pires.
No que diz respeito ao funcionamento do
seu Ministério, a governante disse que um dos eixos de governação desta
instituição é a transparência, tendo sustentado que a qualidade da Justiça vai
melhorar substancialmente caso sejam devidamente tornados públicos os
resultados dos trabalhos feitos por parte da instituição.
A terminar, a ministra disse que todos
os objectivos de credibilização da Justiça não podem ser alcançados sem a
participação de todos os actores envolvidos no sector judicial.
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