
"O Brasil tem uma grande
responsabilidade hoje, em minha opinião, se tivesse que singularizar uma, na
África, [que é a] Guiné-Bissau. O Brasil tem de ajudar a Guiné-Bissau a se
reerguer e a resolver os problemas", disse Amorim a jornalistas, após uma
conferência sobre as relações Brasil-África, promovida pelo Instituto Lula.
Amorim opinou que seria uma vergonha
para o Brasil nada fazer perante eventuais problemas, como a existência de
grupos extremistas ou uma epidemia de Ébola, atingirem o país.
"Deus nos livre esse problema, do
Boko Haram, ou o problema do Ebola chegarem à Guiné-Bissau e o Brasil não fazer
nada, vai ser uma vergonha porque o país não vai conseguir sobreviver",
disse.
Questionado sobre um possível papel do
Brasil como mediador para a África, o ex-ministro realçou que, no caso do Boko
Haram, não acredita que o país "tenha necessariamente algo para ensinar à
Nigéria", mas que, caso a Nigéria solicite o Brasil deve ajudar.
Celso Amorim, conhecido por promover uma
política externa de aproximação entre Brasil e África, durante o governo de
Luiz Inácio Lula da Silva, negou-se a comentar a atual gestão da política
externa brasileira, e, após ser questionado, não respondeu se acha que houve
retrocesso nesse relacionamento com os países africanos.
//Intelectuais Balantas na Diáspora
//Lusa/Fim
O ex-ministro brasileiro das Relações Exteriores e da Defesa e embaixador Celso Amorim afirmou que a "mentalidade" dos brasileiros é o principal obstáculo para as relações do país com África.
ResponderEliminar"Acho que é um problema de mentalidade. Todo o mundo fala em recursos, eu falava e falo em recursos, mas acho que deve haver uma compreensão, pela sociedade brasileira, da importância da África em todos os sentidos. A importância humana, mas a perspetiva económica, e o sentido estratégico também", afirmou Celso Amorim aos jornalistas após conferência sobre as relações Brasil-África, promovida pelo Instituto Lula.
Amorim disse também, como resposta a uma pergunta do público, que o preconceito prejudica as relações comerciais entre o Brasil e África, tanto devido ao racismo como por conta da desconfiança na estabilidade dos países africanos.
Ler mais: http://visao.sapo.pt/mentalidade-dos-brasileiros-e-principal-obstaculo-para-relacao-com-africa-ex-ministro=f820894#ixzz3bLFc8ozh