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"Com uma taxa de crescimento
estimada em 2,6% em 2014 e projetada para os 3,9% este ano, a retoma económica
está a continuar mas continua fortemente dependente no clima sociopolítico, no
desempenho do setor do caju e na ausência de contágio do Ébola pelos países
vizinhos", escrevem os peritos do Banco no relatório 'Perspetivas
económicas em África 2015' (African Economic Outlook, no original em inglês).
De acordo com o texto, divulgado hoje
pelo BAD na sua 50.ª reunião na capital da Costa do Marfim, Abidjan, a
normalização social e política na Guiné-Bissau permitiu às equipas técnicas e
financeiras dos parceiros internacionais voltarem ao país e melhorarem o sistema
de cobrança de impostos, "embora a capacidade do Estado para gerir a folha
de despesas, melhorar a cobrança de impostos e alargar a base contributiva
continuem a ser fatores determinantes na recuperação económica a médio
prazo".
Por outro lado, criticam os peritos,
"a situação social e humana está a piorar e a assistência social falha no
objetivo por causa da fraqueza dos recursos públicos".
As economias africanas deverão abrandar
o crescimento, este ano, para 4,5% e poderão acelerar para 5% no próximo ano,
prevê o BAD.
"Apesar da crise financeira global,
as economias africanas crescerão 4,5% em 2015 e poderão atingir 5% em 2016,
ultrapassando a maioria das regiões e convergindo com as atuais taxas de
crescimento na Ásia; no entanto, a queda dos preços do petróleo e das
matérias-primas, as consequências do surto de Ébola na África Ocidental e as
incertezas políticas internas poderão atrasar o esperado retorno a níveis de
crescimento similares aos verificados antes de 2008", lê-se no African Economic
Outlook.
O documento prevê que a população
africana triplique até 2050, argumentando que, por isso, "a modernização
das economias locais será crucial para aumentar a competitividade do continente
e melhorar as condições de vida da sua população".
//Intelectuais Balantas na
Diáspora //Lusa
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