quarta-feira, 10 de junho de 2015

A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau detém colaborador de secretário de Estado envolvido no caso de passaportes ilegais

Na lista de beneficiários estão cidadãos de países africanos, europeus, asiáticos, americanos e do Médio Oriente.

A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau deteve no início desta semana, num bairro nos arredores da capital, o principal colaborador do secretário de Estado de Cooperação e Comunidades Idelfrides Manuel Gomes Fernandes, por envolvimento no polémico processo de emissão ilegal de passaportes de serviço e diplomáticos a cidadãos estrangeiros e nacionais.

A informação foi confirmada nesta quarta-feira, 10, por uma fonte próxima do processo que adiantou ter o suspeito confessado, em detalhes, o processo de atribuição dos passaportes.

O próprio suspeito, cujo nome não foi revelado pela nossa fonte, indicou ter ele mesmo beneficiado de um passaporte de serviço.

O Ministério Público tem uma longa lista de pessoas que se beneficiaram do esquema, entre elas, cidadãos de países africanos, europeus, asiáticos, americanos e do Médio Oriente.

Ontem, o Procurador-Geral da República da Guiné-Bissau quebrou o silêncio sobre o caso ao dizer que tudo o que se tem dito à volta do processo não passa de comentários políticos.

Hermenegildo Pereira referiu que o Ministério Público está muito engajado no processo e que o tempo irá esclarecer tudo, garantindo que não há motivos para nenhuma perseguição política.

Na segunda-feira, em declarações à Rádio Nacional a partir de Roma, o primeiro-ministro Domingos Simões Pereira lamentou a situação e disse confiar na justiça.

O secretário de Estado da Cooperação e Comunidades Idelfrides Manuel Gomes Fernandes é acusado pelas autoridades policiais e judiciais de venda ilegal de passaportes diplomáticos e de serviços.


Idelfrides Manuel Gomes foi detido na passada quinta-feira pela Polícia Judiciária, mas solto no sábado, sem qualquer autorização judicial, o que tem levantado muita preocupação junto de vários sectores que temem o regresso da impunidade à Guiné-Bissau.

3 comentários :

  1. Este processo deve ir até o final, com todas as suas consequências. Nao se pode brincar com coisa seria. Há que recolher todos os passaportes de serviço e diplomaticos. O país deve entrar numa senda do cumprimento da lei. Para mim o Didi nao esta em condiçoes de manter-se no cargo, deve ser dimitido.

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  2. Sinto muito triste, porque o coitado colaborador que foi detido, pode ser vítima como todos os guineenses vem sendo ao longo de 40 anos de ind.,... para tentar encobrir os verdadeiros criminosos ministros, secretários de estado e embaixadores!!!!

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  3. Na verdade o país deve entrar na saenda do cumprimento da lei .Não se pode admitir que um Membro do Governo que deve dar exemplos ao seu Povo, vai entrar em falcatruas e jogadas sujas que mancham a imagem dos governates em particular e do próprio país em geral. Para mim o Ministério Publico deve prosseguir com este processo até ao fim doa a quem doer para acabarmos com a inpunidade de uma vez por todas

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