A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau
deteve no início desta semana, num bairro nos arredores da capital, o principal
colaborador do secretário de Estado de Cooperação e Comunidades Idelfrides
Manuel Gomes Fernandes, por envolvimento no polémico processo de emissão ilegal
de passaportes de serviço e diplomáticos a cidadãos estrangeiros e nacionais.
A informação foi confirmada nesta
quarta-feira, 10, por uma fonte próxima do processo que adiantou ter o suspeito
confessado, em detalhes, o processo de atribuição dos passaportes.
O próprio suspeito, cujo nome não foi
revelado pela nossa fonte, indicou ter ele mesmo beneficiado de um passaporte
de serviço.
O Ministério Público tem uma longa lista
de pessoas que se beneficiaram do esquema, entre elas, cidadãos de países
africanos, europeus, asiáticos, americanos e do Médio Oriente.
Ontem, o Procurador-Geral da República
da Guiné-Bissau quebrou o silêncio sobre o caso ao dizer que tudo o que se tem
dito à volta do processo não passa de comentários políticos.
Hermenegildo Pereira referiu que o
Ministério Público está muito engajado no processo e que o tempo irá esclarecer
tudo, garantindo que não há motivos para nenhuma perseguição política.
Na segunda-feira, em declarações à Rádio
Nacional a partir de Roma, o primeiro-ministro Domingos Simões Pereira lamentou
a situação e disse confiar na justiça.
O secretário de Estado da Cooperação e
Comunidades Idelfrides Manuel Gomes Fernandes é acusado pelas autoridades
policiais e judiciais de venda ilegal de passaportes diplomáticos e de
serviços.
Idelfrides Manuel Gomes foi detido na passada quinta-feira
pela Polícia Judiciária, mas solto no sábado, sem qualquer autorização
judicial, o que tem levantado muita preocupação junto de vários sectores que
temem o regresso da impunidade à Guiné-Bissau.
Este processo deve ir até o final, com todas as suas consequências. Nao se pode brincar com coisa seria. Há que recolher todos os passaportes de serviço e diplomaticos. O país deve entrar numa senda do cumprimento da lei. Para mim o Didi nao esta em condiçoes de manter-se no cargo, deve ser dimitido.
ResponderEliminarSinto muito triste, porque o coitado colaborador que foi detido, pode ser vítima como todos os guineenses vem sendo ao longo de 40 anos de ind.,... para tentar encobrir os verdadeiros criminosos ministros, secretários de estado e embaixadores!!!!
ResponderEliminarNa verdade o país deve entrar na saenda do cumprimento da lei .Não se pode admitir que um Membro do Governo que deve dar exemplos ao seu Povo, vai entrar em falcatruas e jogadas sujas que mancham a imagem dos governates em particular e do próprio país em geral. Para mim o Ministério Publico deve prosseguir com este processo até ao fim doa a quem doer para acabarmos com a inpunidade de uma vez por todas
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