O presidente do Sindicato Democrático
dos Professores (SINDEPROF), Laureano Pereira acusou, ontem, quinta-feira, o
Governo de falta de vontade em negociar com os professores. As acusações deste
dirigente sindical surgem, depois de as negociações com o executivo para
suspensão da greve, terem fracassado.
Laureano Pereira disse na sua declaração
que o executivo durante o encontro negocial não indicou uma data para o
cumprimento de alguns pontos em reivindicação. Frisou ainda que o Governo devia
indicar a data do pagamento dos salários e subsídios em atraso dos professores.
“O Governa está com a falta de vontade
em cumprir com as reivindicações. Será suspensa a greve só quando forem pagos
os dois meses em atraso do ano em curso aos professores contratados e novos
ingressos, bem como diuturnidade, retroactivos e os três meses de 2013 aos
novos ingressos”, afirmou o sindicalista.
Adiantou ainda que as reivindicações dos
docentes se prosseguirão através de marchas e greves. Laureano Pereira acusou
por um lado o executivo de adoptar a estratégia de dividir a classe docente,
para tentar manipular a opinião pública.
“Depois do fracasso das negociações
entre o Governo e SINDEPROF, primeiro-ministro reuniu-se com o presidente do
SINAPROF que estava acompanhado da Ministra de Educação Nacional. De certeza, o
que falaram nesse encontro não reflecte os interesses dos professores”, notou.
Na lista das reivindicações do sindicato
dos professores constam entre outros assuntos, a aplicação da carreira docente,
a atribuição e a harmonização de letra “F” a todos os professores oriundos de
diferentes centros de formação. O SINDEPROF exige igualmente o pagamento de 12
meses de diuturnidade e o pagamento de retroativos dos professores
reclassificados dos diferentes anos lectivos.
Entretanto o Governo através do seu
último comunicado do Conselho dos Ministros datado de 3 de Junho, manifestou o
seu “profundo desagrado” pela “infeliz e inoportuna greve” decretada pela
SINDEPROF que visa unicamente pôr em causa os “grandes ganhos obtidos no
presente ano lectivo”.
No mesmo comunicado, o Governo exortou o
sindicato a rever a sua posição e pautar pela via do diálogo construtivo, para
que o ano lectivo termine sem sobressaltos. A plenária governamental exortou
igualmente os pais e encarregados de educação a conduzirem seus filhos à
escola. Com Odemocrata
Sacchi: “Cuanto mayor es el caos, más cerca está la solución”.
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