Idelfrides Manuel Gomes Fernandes é
acusado de venda ilegal de passaportes diplomáticos e de serviço.
O secretário de Estado das Comunidades
da Guiné-Bissau Idelfrides Manuel Gomes Fernandes, detido na passada
sexta-feira, 4, foi solto neste sábado, 6, sem qualquer decisão judicial.
Gomes Fernandes foi detido por agentes
da Polícia Judiciária no dia 4 por volta das 16 horas e levado para a sede
daquela corporação.
Neste sábado, o secretário de Estado foi
libertado, mas fontes em Bissau garantem que não houve qualquer autorização da
justiça. Nem o Governo nem o Ministério Público ou a Polícia Judiciária
comentaram o caso que é tema de conversa nas ruas da capital guineense.
Em determinados círculos, nomeadamente
observadores e fontes do poder judicial, estranham a soltura do governo e temem
que a impunidade continue a marcar pontos no país, depois de restabelecida a
ordem constitucional há mais de um ano
Idelfrides Manuel Gomes Fernandes é
acusado pelas autoridades policiais e judiciais de alegada venda ilegal de passaportes
diplomáticos e de serviços.
Idelfrides Manuel Gomes Fernandes é secretário de Estado das Comunidades desde o Governo de Transição, formado na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, cargo que já havia desempenhado também no Governo de Carlos Gomes Júnior, o seu primo.
//VOA
O IDELFRIDES FERNANDES continua com o mesmo estatuto jurídico de prisão preventiva, mas problemas graves de saúde obrigaram a justiça guineense a autorizar que essa situação seja cumprida em sua residência, tudo porque as justiça guineense não tem meios para dar assistência médica e medicamentosa a Didi que sofre de grave problema de saúde, a manutenção do preso numa cela poderia levar a sua morte, o que não é a intenção do Ministério público.
ResponderEliminarDe imunidade a impunidade, vai um simples letra. A VOA dá parte dessas preocupações, enquanto a LUSA, depois de contactar vários responsáveis judiciais guineenses, refere a estranheza manifestada por estes quanto à libertação do Secretário de Estado, preso dois dias antes.
ResponderEliminarNão ficando claro de quem partiu a ordem para a sua libertação, apenas surgiram (do nada?) algumas «explicações», invocando razões de saúde e as más condições de detenção (o dúbio e oportuno papel da Liga na denúncia dessa situação, uns dias antes, traz igualmente água no bico)...
E se fosse o vulgar cidadão, deverá presumir-se que igual complacência se manifestaria? O que é facto é que essa «doença» se manifestou de forma súbita, pois um dia antes da sua prisão, fôra visto a jantar, com óptima disposição, num restaurante de Bissau, e no próprio dia, à saída da ANP (armado em deputado para insinuar imunidade, aliás incompatível com o seu estatuto de membro do Governo) não patenteava qualquer sinal desse mal que repentinamente o acometeu (decerto do foro alérgico).
A confirmar-se a sua saída para tratamento (fuga ao Tribunal) para Dakar, será um grande golpe na credibilidade da Justiça guineense, em reconstrução. Este senhor, pelos vistos com razão, julga-se acima da Lei do país, sem pudor em fazer gala de ter as costas quentes, depois de tecer uma teia de cumplicidades nos últimos três governos: Cadogo, Transição, Domingos Simões Pereira.