quarta-feira, 3 de junho de 2015

Liga guineense dos direitos humanos pede encerramento da prisão da PJ em Bissau

A Liga Guineense dos Direitos Humanos exigiu hoje o encerramento de uma cela da Policia Judiciária de Bissau que diz estar com 110 pessoas, quando apenas tem capacidade para albergar 35 detidos.

Augusto Mário da Silva, presidente eleito da Liga, disse, em declarações à agência Lusa, que as celas da Guiné-Bissau “são degradantes” mas a da Policia Judiciária “é ainda pior”, pelo que devia ser encerrada.

Segundo a Liga, devido à superlotação daquele centro de detenção situado junto ao mercado do Bandim, há detidos a dormir na casa de banho, o que provoca doenças a muitos deles.

“As pessoas correm sérios riscos de morrerem (nas celas) por asfixia”, sublinhou o novo líder da Liga Guineense dos Direitos Humanos.

A organização afirma ter endereçado no passado mês uma nota ao Governo dando conta da situação “precária e desumana” em que se encontra a maioria dos centros de detenção do país, mas sobre a qual diz não ter tido nenhuma resposta.

A organização pede, por isso, que seja encerrada a prisão da PJ bem como a da Segunda Esquadra, também de Bissau, lembrando que esta foi construída ainda na época colonial.

“Estas prisões foram construídas na época colonial, portanto já não conseguem responder aos novos tempos”, afirmou Augusto Mário da Silva, que considera as prisões guineenses os “principais locais de violações dos direitos fundamentais” dos cidadãos. Com a Lusa

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