A Liga Guineense dos Direitos Humanos
exigiu hoje o encerramento de uma cela da Policia Judiciária de Bissau que diz
estar com 110 pessoas, quando apenas tem capacidade para albergar 35 detidos.
Augusto Mário da Silva, presidente
eleito da Liga, disse, em declarações à agência Lusa, que as celas da
Guiné-Bissau “são degradantes” mas a da Policia Judiciária “é ainda pior”, pelo
que devia ser encerrada.
Segundo a Liga, devido à superlotação
daquele centro de detenção situado junto ao mercado do Bandim, há detidos a
dormir na casa de banho, o que provoca doenças a muitos deles.
“As pessoas correm sérios riscos de
morrerem (nas celas) por asfixia”, sublinhou o novo líder da Liga Guineense dos
Direitos Humanos.
A organização afirma ter endereçado no
passado mês uma nota ao Governo dando conta da situação “precária e desumana”
em que se encontra a maioria dos centros de detenção do país, mas sobre a qual
diz não ter tido nenhuma resposta.
A organização pede, por isso, que seja
encerrada a prisão da PJ bem como a da Segunda Esquadra, também de Bissau,
lembrando que esta foi construída ainda na época colonial.
“Estas prisões foram construídas na
época colonial, portanto já não conseguem responder aos novos tempos”, afirmou
Augusto Mário da Silva, que considera as prisões guineenses os “principais
locais de violações dos direitos fundamentais” dos cidadãos. Com a Lusa
Sem comentários :
Enviar um comentário
COMENTÁRIOS
Atenção: este é um espaço público e moderado. Não forneça os seus dados pessoais (como telefone ou morada) nem utilize linguagem imprópria.